Ibovespa

Ibovespa (IBOV): O que poderia ajudar o índice a voltar para os 120 mil pontos?

16 jun 2024, 14:00 - atualizado em 14 jun 2024, 11:15
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Mercado continuará atento por sinais de que Brasil caminha com sucesso em direção à meta de déficit zero (Imagem: Facebook/B3)

Desde segunda-feira (10), os dias não foram bons para o Ibovespa (IBOV), que chegou aos 118 mil pontos na sexta-feira (14).

Com o relatório Focus semanal, os economistas consultados pelo Banco Central (BC) elevaram as expectativas de alta para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que passaram de 3,88% para 3,90%.

Depois, foi da Medida Provisória (MP) restringe a compensação de créditos do PIS/Cofins, devolvida ao presidente por Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. A medida ajudaria o governo a aumentar a arrecadação federal em até R$ 29,2 bilhões.

O movimento foi um dos evidenciadores do isolamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não vem conseguindo obter apoio para aprovar medidas econômicas de interesse do Executivo e que conseguiriam aumentar a arrecadação fiscal.

O ministro também teve dificuldades em aprovar pautas como desvincular os benefícios temporários do INSS do salário mínimo e os gastos obrigatórios com saúde e educação do aumento das receitas.

Todos os empecilhos fizeram com que o mercado entendesse que o governo não consegue seguir com sua agenda de corte de gastos e colocou em xeque a meta de déficit zero do governo.

Mas o que poderia reverter o cenário negativo do Ibovespa?

Para Fernando Ferreira, Jennie Li e Júlia Aquino, da XP Investimentos, uma continuação das quedas nas taxas dos títulos americanos, redução de preocupações quanto à política fiscal e maior visibilidade sobre a condução da política monetária, com as próximas decisões levando o mercado a reancorar as expectativas, poderiam ajudar o Ibovespa.

Eles explicam que, nos últimos anos, houve forte correlação entre o desempenho do IBOV e as taxas de juros americanas de longo prazo. Nos Estados Unidos, quando as taxas subiam, o Índice seguia na direção oposta.

“Isso pode ser explicado pela própria atratividade do título americano, considerado de ‘zero risco’, o que faz com que o investidor global retire capital do Brasil e outros emergentes quando a taxa sobe”, explicam.

Entretanto, nessa semana, o Brasil mostrou descolamento dos mercados globais. Enquanto lá fora as taxas voltaram a cair, com a esperança de cotes de juros pelo Federal Reserve (Fed), a Bolsa brasileira esteve mais pressionada.

Pelos próximos dias, o mercado continuará procurando por sinais de que o Brasil perseguirá com sucesso sua meta de déficit zero, em busca do equilíbrio fiscal.

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