Mercados

Ibovespa retoma nível recorde aos 158 mil pontos com Wall Street; como andam os mercados nesta quarta-feira (26)?

26 nov 2025, 15:48 - atualizado em 26 nov 2025, 16:06
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(Imagem: Freepik/ Montagem: Julia Shikota)

O Ibovespa (IBOV) ganha mais de 2 mil pontos durante a sessão desta quarta-feira (26) com o apetite ao risco dos investidores embalado por expectativas de novo corte nos juros dos Estados Unidos, além das declarações mais recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o cenário fiscal doméstico.

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Por volta de 16h (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira subia 1,67%, aos 158.489,48 pontos, em novo recorde intradia nominal histórico A máxima anterior foi registrada no dia 11, quando o Ibovespa atingiu os 158.467,21 pontos.



Por aqui, o mercado reage positivamente a novas declarações de Haddad. Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda afirmou que a pasta “fez questão de não fazer excepcionalidade no arcabouço em relação aos Correios”.

Ele também disse somente “muito recentemente” foi informado do “quadro real” dos Correios, que enfrenta um rombo bilionário, e disse ter confiança que a atual diretoria da estatal apresentará um plano que faça sentido.

“O que nós falamos é o seguinte: qualquer solução para esse caso vai passar necessariamente por um plano de reestruturação. Não há como o Tesouro Nacional pensar em algo que não passe por um plano de reestruturação aprovado pelo Tesouro Nacional, que é de quem se pede o aval justamente para conseguir viabilizar financeiramente esse plano.”

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Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil por mês, estabelece descontos para rendas de até R$ 7.350 mensais e cria uma taxação para altas rendas – a partir de R$ 600 mil por ano.

A medida, segundo o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, vai gerar um ganho de R$ 1,9 bilhão.

Os dados econômicos estão em segundo plano. Em destaque, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, subiu 0,20% em novembro, após avanço de 0,18% no mês anterior. O consenso do mercado era de um novo ganho de 0,18% mensal.

No ano, a prévia da inflação avançou 4,15% e em 12 meses, 4,50% – dentro da faixa de tolerância no acumulado anual e no limite no horizonte mais longo.

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Na avaliação de Mariana Rodrigues, economista da SulAmérica Investimentos, a surpresa altista foi puxada principalmente pela forte pressão das passagens aéreas. Já para Rodrigo Marques, gestor e economista-chefe da Nest Asset Management, o IPCA-15 veio um pouco acima do consenso por fatores que são independentes ao hiato do produto e pouco relevantes para condução da política monetária.

E o dólar?

O dólar opera em leve queda ante as moedas globais, como euro e libra, com a consolidação das apostas de um novo corte nos juros dos Estados Unidos pelo  Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA).

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado vê 82,9% de chance de o BC norte-americano reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, na próxima decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em 10 de dezembro. A probabilidade de manutenção da taxa atual é de 17,1%.

Por volta de 15h40, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, caía 0,03%, no nível dos 99 pontos.

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Na comparação com o real, o dólar também também perde força. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,3391 (-0,70%).



Em linhas gerais, quanto mais o Fed reduzir os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo à medida que os rendimentos dos Treasuries caem, gerando apetite por risco em outros mercados com juros mais altos, como o Brasil.

Wall Street em queda

Os índices de Wall Street engatam a terceira alta consecutiva. Além da expectativa sobre a trajetória dos juros, os investidores ajustam posições na véspera do Dia de Ação de Graças.

Por volta de 15h40 (horário de Brasília), o S&P 500 subia 0,75%, aos 6.815,19 pontos; Dow Jones tinha alta de 0,76%, aos 47.471,17 pontos, e Nasdaq avançava 0,81%, aos 23.213,21 pontos.

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Os mercados norte-americanos ficarão fechados nesta quinta-feira (27) e retomarão as negociações na sexta-feira (27) em horário reduzido.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices fecharam o pregão em alta em forte alta de olho na continuidade do afroxamento monetário nos EUA. Entre os principais índices asiáticos, o Nikkei, do Japão, fechou em nível recorde, aos 49.559,07 pontos (+1,85%).

O movimento de ganhos deve-se a novas declarações da primeira-ministra Sanae Takaichi. Ela destacou a possibilidade de o Japão enfrentar um “momento Truss” no estilo britânico, ou seja, perda de confiança do mercado decorrente de sua política fiscal expansionista.

Takaichi  também disse ao Parlamento que o governo está pronto para tomar medidas contra quedas especulativas do iene ou movimentos voláteis nas taxas de juros de longo prazo.

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Na Europa, os mercados operaram com as atenções voltadas ao Orçamento de Outono do Reino Unido. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com alta de 1,09%, aos 574,21 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.

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