Mercados

Recorde, outra vez: Ibovespa acelera ganhos e renova máxima histórica intradia, aos 149 mil pontos

30 out 2025, 12:56 - atualizado em 30 out 2025, 13:04
Ibovespa hoje maior nível desde julho 2021 projeção recorde 131 mil pontos maior nível história ações bolsa
(Imagem: Pixabay/ 12019)

O Ibovespa (IBOV) renova a máxima histórica intradia nesta quinta-feira (30), pela quarta sessão consecutiva.

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Por volta de 12h (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira alcançou os 149.234,04 pontos, com avanço de 0,40%. O último recorde intradia havia sido registrado no dia anterior, quando o índice atingiu os 149.067,16 pontos.

O Ibovespa tem um dia recheado de dados econômicos e expectativas para avanço de medidas fiscais no Congresso.

Em destaque, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), considerado a “inflação do aluguel”, caiu 0,36% em outubro, depois de ter registrado alta de 0,42% no mês anterior, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O recuo foi maior do que o esperado para o mês: a expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,22%. Com o resultado, o IGP-M a passou a acumular em 12 meses avanço de 0,92%.

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Há a expectativa pelos dados do Caged, a serem divulgados ainda hoje.

Além disso, ontem (29), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que incorpora trechos da MP 1.303, que tratava da taxação de aplicações financeiras como medida compensatória às alterações do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Dentre as medidas incorporadas no texto do projeto — que originalmente trata da criação do Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp) para a atualização do valor de veículos e imóveis — está a restrição a compensações tributárias e a limitação da despesa federal com a compensação financeira entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entre outros pontos.

De acordo com o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), a incorporação dos trechos poderá render R$ 25 bilhões aos cofres públicos. A matéria segue para votação no Senado.

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“A agenda fiscal ganha fôlego na Câmara, com a aprovação de algumas contenções de gastos, a fim de preservar o resultado fiscal. O Congresso tem distribuído medidas em diferentes projetos para evitar desgaste direto com aumentos de carga tributária. Mas vale notar que parte considerável do pacote ainda depende de acordo, e [o presidente da Casa] Hugo Motta tem sinalizado que não avança sem contrapartidas políticas mais claras”, afirma Rafael Passos, analistas da Ajax Asset.

No exterior, os investidores reagem ao acordo comercial entre Estados Unidos e China.

Sobe e desce do Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações da MBRF (MBRF3) lideram os ganhos do índice, com alta de mais de 6%, após uma breve realização dos ganhos recentes na véspera (29). Ontem, as ações da companhia caíram 7,84%, a R$ 17,05.

O tom positivo ainda repercute acordo de investimento, firmado na última segunda-feira (27), com a Halal Products Development Company (HPDC), uma subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita — e que resultou na criação da marca Sadia Halal. Até agora, MBRF3 acumula valorização de 20,6% na semana.

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Ainda na ponta positiva, as ações da Ambev (ABEV3) se destacam, em reação ao balanço do terceiro trimestre (3T25). A companhia reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,84 bilhões, crescimento de 7,4% em relação aos R$ 3,58 bilhões do mesmo período de 2024. 

Já a ponta negativa é encabeçada por Bradesco (BBDC4), também repercutindo o resultado do 3T25. O banco reportou lucro recorrente de R$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O número ficou dentro do esperado pelo consenso da Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 6,1 bilhões no período.

Entre os pesos-pesados, o setor de bancos sobe, com exceção de Bradesco. Vale (VALE3) avança na esteira do minério de ferro e na expectativa para o balanço da mineradora, a ser divulgado hoje, após o fechamento dos mercados. Petrobras (PETR4;PETR3) acompanha a recuperação do petróleo Brent e também opera em alta.

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E o dólar?

dólar opera em alta ante as moedas globais, como euro e libra, com a reação à decisão de juros nos Estados Unidos e o acordo entre Washington e Pequim.

Ontem (29), o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) — equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro — cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano, como esperado pelo mercado, e em decisão não unânime. 

Durante a coletiva de imprensa após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o ciclo de afrouxamento monetário, iniciado em setembro, pode ser pausado na próxima reunião do Fomc, em dezembro.

Desde então, o mercado tem recalibrado as apostas de manutenção nos juros na próxima decisão. Agora, os operadores veem 76,6% de chance de o Fed reduzir a taxa de referência em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group. Ontem (29), a probabilidade era de 66,6%.

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Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que concordou com o líder chinês, Xi Jinping, em reduzir as tarifas sobre a China em troca de Pequim reprimir o comércio ilícito de fentanil, retomar as compras de soja dos EUA e manter o fluxo de exportações de terras raras.

Por volta de 12h40, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, subia 0,31%, no nível dos 98 pontos.

Na comparação com o real, o dólar acompanha o movimento externo. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,3831 (+0,44%).



Exterior

Os índices de Wall Street operam sem direção única. Além da reação à decisão do Fed e ao acordo entre os Estados Unidos e a China, os investidores repercutem os resultados das gigantes de tecnologia, conhecidas como as “Sete Magníficas”.

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Em destaque, as ações da Meta (ex-Facebook) chegaram a cair mais de 10% após a companhia reportar uma queda de 83% em seu lucro líquido no terceiro trimestre (3T25).

Por volta de 12h50 (horário de Brasília), o S&P 500 caía 0,51%, aos 6.854,76 pontos; Dow Jones tinha alta de 0,39%, aos 47.819,33 pontos, e Nasdaq recuava 1,17%, aos 23.678,18 pontos.

Na Europa, os mercados operam em queda após o Banco Central Europeu (BCE) manter os juros inalterados em 2% ao ano pela terceira reunião consecutiva, sem qualquer indicação sobre os movimentos futuros. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrava queda de 0,20%, aos 574,26 pontos, no mesmo horário.

Na Ásia, os índices fecharam sem direção com o acordo Trump-Xi. O índice Nikkei, do Japão, engatou um novo recorde e encerrou a sessão com alta de 0,04%, aos 51.325,61 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve queda de 0,24%, aos 26.282,69 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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