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Ibovespa recua em dia de vencimentos, com Federal Reserve e Copom no radar

16 jun 2021, 11:33 - atualizado em 16 jun 2021, 11:33
Mercados Ibovespa
Às 11:33, o Ibovespa caía 0,35%, a 129.592.58 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista mostrava certa debilidade nesta quarta-feira, marcada por vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro, além de expectativas para os desfechos das reuniões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.

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Às 11:33, o Ibovespa caía 0,35%, a 129.592.58 pontos, com as ações da Vale (VALE3) mais uma vez pressionando do lado negativo. O volume financeiro somava 5,35 bilhões de reais.

“Todo mundo está aguardando a decisão do Fed”, afirmou o estrategista de renda variável da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, referindo-se ao resultado da reunião do banco central norte-americano, previsto para as 15h.

Investidores querem saber as percepções do Federal Reserve sobre a dinâmica recente mais elevada da inflação nos Estados Unidos, em um ambiente de melhora da atividade econômica – mesmo que com alguns vacilos.

E a expectativa é de que as autoridades do Fed sinalizem o início das discussões sobre quando e como vai se dar a saída das políticas que o BC dos EUA adotou no início da pandemia de coronavírus no ano passado.

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Após o fechamento do pregão, será a vez de o Banco Central brasileiro anunciar sua decisão para a Selic, atualmente em 3,50% ao ano. A previsão, de acordo com pesquisa da Reuters, é de alta de 0,75 ponto percentual.

No comunicado, segundo o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, espera-se por uma postura mais conservadora (hawkish) do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Acreditamos que o comitê excluirá a menção de ‘ajuste parcial’ do comunicado e sinalizará intenção de buscar a plena normalização monetária ainda em 2021”, afirmou, em comentários a clientes mais cedo.

Análise gráfica da Ágora Investimentos cita que o Ibovespa está “lateralizado” entre 128.500 e 131.200 pontos, e que a quebra de uma destas extremidades nos próximos dias sinalizaria o próximo movimento mais importante do índice no curto prazo.

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Destaques

Vale (VALE3)  recuava 2,2%, com declínio dos futuros do minério de ferro na China. Além disso, credores da Samarco entraram na Justiça contra financiamento adicional de 1,2 bilhão de reais da Vale e da BHP, sócias na Samarco.

CSN (CSNA3) perdia 2,5%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no vermelho no Ibovespa, em meio à queda dos preços de aço na China.

BRF (BRFS3), caía 2,1%, em meio a ajustes, conforme segue nos holofotes após investida da Marfrig (MRFG3), que se tornou maior acionista individual da empresa, e especulações de que a JBS poderia entrar na disputa pela companhia.

B3 (B3SA3) ON subia 2,6%, engatando mais uma sessão de recuperação, após sofrer recentemente com ruídos envolvendo um eventual novo competidor, bem como alguma acomodação nos volumes de negociação de ações.

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Eneva (ENEV3) avançava 2,4%, ainda tendo de pano de fundo seca histórica nas hidrelétricas no país e potencial uso maior de termelétricas.

Petrobras (PETR4) perdia 0,2%, mesmo com a alta do petróleo Brent. O conselho de administração da petrolífera autorizou convocação de assembleia para nova eleição de conselheiros.

Eletrobras (ELET3) caía 0,7%, tendo no radar votação no Senado da medida provisória que abre caminho para a privatização da companhia, prevista para esta quarta-feira. Eletrobras (ELET6) recuava 2%.

Btg Pactual (BPAC11) avançava 0,8%, ampliando a alta da véspera, quando encontrou aval de relatório positivo do Itaú BBA. Entre os bancos, Itaú Unibanco (ITUB4) perdia 0,3% e  Bradesco (BBDC4) cedia 0,2%.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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