Mercados

Ibovespa recua pressionado por Itaú, após queda de 40% no lucro do 2° trimestre

04 ago 2020, 12:35 - atualizado em 04 ago 2020, 12:35
Ibovespa Mercados
Ibovespa se aproxima da marca psicológica de 100 mil pontos (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa mostrava fraqueza nesta terça-feira, com as ações do Itaú Unibanco entre as maiores pressões de baixa após o maior banco privado do país reportar resultado trimestral com queda de 40% no lucro por causa de alta de provisões para inadimplência geradas pelas medidas de isolamento social.

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Às 12:35 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,89%, a 101.914,27 pontos. O volume financeiro somava 16,9 bilhões de reais.

No exterior, Wall Street mostrava melhora, embora com hesitação tendo no radar novo ruído nas relações entre Estados Unidos e China, desta vez envolvendo uma eventual venda das operações norte-americanas do aplicativo TikTok. O S&P 500 tinha variação positiva de 0,2%.

Para o estrategista da Santander Corretora Renato Chanes, o impasse nas negociações entre republicanos e democratas em torno da extensão dos benefícios de auxílio-desemprego e um eventual novo pacote de estímulos nos Estados Unidos também adiciona alguma cautela nos negócios nesta sessão.

No Brasil, a produção industrial cresceu 8,9% em junho sobre o mês anterior, depois de alta de 8,2% em maio, de acordo com os dados divulgados pelo IBGE, sugerindo que o pior do efeito econômico da pandemia pode ter ficado para trás, embora o desempenho não compense as perdas no ápice do isolamento social.

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“O dado reforça a tese de recuperação da economia que se iniciou ao longo de maio e se consolidou na medida em que deixamos para trás patamares extremamente deprimidos de atividade”, observou o estrategista-chefe do banco digital modalmais, Felipe Sichel.

Destaques

Itaú ITUB4
Nem o Itaú foi poupado do impacto da crise (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Itaú Unibanco (ITUB4) recuava 3,63% após divulgar lucro líquido recorrente de 4,2 bilhões de reais, queda de 40% contra um ano antes.

O banco disse que reservou 7,77 bilhões de reais no período para cobrir possíveis perdas com empréstimos. A jornalistas pela manhã, o presidente-executivo, Candido Bracher, disse que vê a taxa de inadimplência de 90 dias no Brasil atingindo no próximo ano níveis mais elevados do que os de crises anteriores.

Vale (VALE3) tinha acréscimo de 0,8%. Os papéis da mineradora ainda estavam em leilão nesta terça-feira, em razão de operações envolvendo volume expressivo de ações da empresa ao preço de 58,76 por papel.

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Uma reportagem da Bloomberg na véspera citou que o BNDES estava buscando vender 1 bilhão de dólares de sua participação na Vale neste mês.

BB Seguridade (BBSE3) subia 0,99%, ainda repercutindo resultado trimestral, bem como estimativa da companhia de que julho tenha sido até agora o melhor mês do ano na captação de recursos em algumas de suas principais linhas de negócios, incluindo previdência e seguro prestamista.

Fleury
Balanço da Fleury no 2° trimestre veio abaixo do esperado pelo mercado (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Fleury (FLRY3) avançava 1,21%, também tendo no radar balanço divulgado no final da semana passada, bem como sinalização do grupo de medicina diagnóstica de que vê retomada forte em demanda por exames e que a procura por testes de Covid-19 continua alta.

IRB (IRB3) tinha alta de 0,65%. A resseguradora comunicou os acionistas que Bradesco Seguros e Itaú Seguros realizaram aporte de aproximadamente 600 milhões de reais no âmbito de aumento do capital social da companhia.

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Iguatemi (IGTA3) subia 1,46%, antes da divulgação do balanço prevista para após o fechamento do mercado, com o setor de shopping centers como um todo no azul. Multiplan (MULT3) tinha elevação de 2,04% e brMalls (BRML3) avançava 1,36%.

Petrobras (PETR4) subia 0,8% tendo de pano de fundo melhora dos preços do petróleo no exterior. Petrobras (PETR3) valorizava-se 0,9%.

Ecorodovias (ECOR3) cedia 1,83%. A companhia divulgou mais cedo que o tráfego de veículos em estradas do seu portfólio recuou 16,9% no acumulado de 16 de março a 2 de agosto ante período similar de 2019. Apesar da queda, a variação mostra desaceleração no recuo apurado na semana anterior.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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