Mercados

Ibovespa supera 91 mil pontos com otimismo sobre reabertura de economias e liquidez

02 jun 2020, 17:14 - atualizado em 02 jun 2020, 18:05
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 2,74%, a 91.046,38 pontos, patamar que havia perdido em março (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) subiu fortemente nesta terça-feira, rondando os 91 mil pontos, em meio ao apetite a risco em um ambiente de elevada liquidez global, com as atenções voltadas para a reabertura das principais economias do mundo após meses de paralisação em razão do Covid-19.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 2,74%, a 91.046,38 pontos, patamar que havia perdido em março. O volume financeiro somou 29,63 bilhões de reais.

“Até o momento, tivemos apoio sem dúvida nenhuma da política fiscal dos governos, junto com as sinalizações de bancos centrais via novas medidas de estímulo monetários”, ressaltou o BTG Pactual, em nota enviada pela área de gestão de recursos.

A questão é, quando passado o momento de reabertura das economias, qual será o componente para manter o ânimo no mercado, acrescentou o banco e investimentos.

Nos Estados Unidos, Wall Street também fechou no azul, mas o desempenho foi mais acanhado, com os atritos entre Washington e Pequim pairando no ar, além de crescente tensão civil em solo norte-americano. O S&P 500 fechou com acréscimo de 0,82%.

Além de uma liquidez global colossal e da expectativa de retorno ao normal das economias, o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, também destacou a normalização de casos de contágio ao redor do mundo e a esperança de uma vacina como vetores essenciais de suporte ao mercado.

Itaú ITUB4
Itaú Unibanco valorizou-se 6,72% e Bradesco teve alta de 4,5%, com bancos outra vez respaldando os ganhos do Ibovespa (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Destaques

CVC Brasil (CVCB3) disparou 20%, na esteira do alívio nas restrições de circulação, bem como a forte queda do dólar em relação ao real. No setor de viagens, entre os mais afetados pela pandemia, Gol (GOLL4) saltou 15,7% e Azul (AZUL4) subiu 9,12%.

–  Itaú Unibanco (ITUB4) valorizou-se 6,72% e Bradesco (BBDC4) teve alta de 4,5%, com bancos outra vez respaldando os ganhos do Ibovespa. BTG Pactual (BPAC11) disparou 10,41%.

Petrobras (PETR4) avançou 5,26%, na esteira da alta dos preços do petróleo, com o Brent avançando mais de 3% antes de reunião da Opep+ sobre cortes de produção.

Vale (VALE3) fechou estável, mesmo com o minério de ferro mantendo o rali na China com apoio de demanda e preocupação com oferta, em meio à queda forte do dólar. No setor de mineração e siderurgia, contudo, Usiminas (USIM5) saltou 11,79%, Gerdau (GGBR4) avançou 6,21% e CSN (CSNA3) subiu 3,86%.

Embraer (EMBR3) fechou com elevação de 11,20%. O presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, disse que a fabricante de aviões está aberta a novos parceiros de negócios após a Boeing (BA) ter desistido de um acordo. Mas citou que qualquer novo acordo será menor em escopo do que aquele que vinha sendo negociado com a Boeing e que foi encerrado em abril.

Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3) recuaram 2,98% e 2,42%, respectivamente, com agentes financeiros fazendo cálculos sobre o quando do aumento das vendas online já está precificado nas ações. Via Varejo (VVAR3) perdeu 1,12%.

Minerva (BEEF3) caiu 1,53%, em meio ao declínio do dólar. No setor, JBS (JBSS3) perdeu 0,68%. Procuradores do trabalho em Santa Catarina estão movendo ação contra a JBS por suposta violação de direitos de trabalhadores indígenas depois que 40 foram demitidos pela empresa em Seara (SC). A empresa negou discriminação.

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