Perspectiva de fim de aperto monetário ajuda a impulsionar ações em meio à temporada de balanços

O Ibovespa (IBOV) mantém desempenho positivo nesta sexta-feira (9), após alta de 2% na última sessão. Hoje, os resultados no primeiro trimestre de 2025 (1T25) vão ditando a movimentação das ações.

No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Caio Araujo, analista da Empiricus Research, para comentar sobre o momento do cenário doméstico. Para o especialista, o principal fator para a animação do mercado é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“O fator mais dominante para alguns papéis é a eventual antecipação do término do ciclo de alta dos juros. No início do ano, algumas casas falavam de Selic terminal em 16%, mas hoje já se fala no fim de ciclo nos 14,75% que atingimos agora”, diz Araujo.

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Na ponta positiva do Ibovespa nesta sexta, o Itaú (ITUB4) é o grande destaque. O banco registrou alta no lucro recorrente e na carteira de crédito e os papéis reagem positivamente. Por volta das 13h, as ações subiam cerca de 4,5%.

Outros ativos do setor bancário, como Banco do Brasil (BBAS3) e o BTG Pactual (BPAC11), também operam em alta, subindo mais de 1% cada. No entanto, a maior alta do dia fica para o setor petroleiro, com PetroReconcavo (RECV3) subindo mais de 7%.

Do lado negativo, o Magazine Luiza (MGLU3) despenca mais de 10% e figura como a maior queda do dia. CSN (CSNA3) e MRV (MRVE3) ficam logo atrás e também lideram as baixas.

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Analista comenta momento do setor imobiliário

O analista da Empiricus comentou sobre a queda da MRV, que reportou prejuízo de R$ 262,9 milhões no 1T25. Segundo Araujo, o resultado veio poluído por efeitos não recorrentes, influenciados pela operação da empresa nos Estados Unidos.

“No final das contas, o resultado financeiro também impactou com prejuízo acima do esperado. A linha final, considerando ajustes, fica na casa de R$ 70 milhões de prejuízo. De qualquer forma, o mercado questiona a capacidade da companhia de atingir o guidance”, afirmou o analista.

Ainda no setor imobiliário, o especialista destacou os resultados da Tenda (TEND3) e o otimismo para os Fundos Imobiliários (FIIs), com o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) perto da máxima histórica.

“Com esse indicativo do Copom, de que possivelmente teremos uma antecipação do fim do aperto monetário, é possível que teremos um novo gás envolvendo cotas dos FIIs”, disse Araujo. Para acessar a carteira de FIIs recomendados pela Empiricus, clique aqui.

O programa ainda abordou o desempenho dos mercados internacionais e os novos dados de inflação do Brasil. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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