Mercados

Ibovespa passa a ter queda no ano com exterior hostil e riscos político e fiscal no Brasil

17 ago 2021, 17:09 - atualizado em 17 ago 2021, 18:00
Mercados Ibovespa
O volume financeiro na sessão somou 38 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, renovando mínimas desde abril e voltando a ficar no vermelho no acumulado do ano, em meio a um ambiente externo hostil, com preocupações sobre o crescimento econômico e sem alívio nos ruídos fiscais e políticos no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,07%, a 117.903,81 pontos, na véspera de vencimentos de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. No pior momento, caiu a 116.247,81 pontos, menor patamar intradia desde 5 de abril. No ano, agora acumula queda de 0,94%.

O volume financeiro na sessão somou 38 bilhões de reais.

A disseminação da variante Delta do coronavírus em vários países tem ampliado preocupações sobre a retomada econômica, com números mais fracos do varejo norte-americano pesando em Wall Street e contaminando a bolsa paulista.

Para o líder de alocação de renda variável da Blue3, Victor Licariao, o aumento do risco geopolítico por causa da questão EUA/Talibã e dúvidas sobre o crescimento na China também pressionam as ações, deixando o cenário externo mais turvo, além de incertezas políticas e fiscais no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A falta de definição no Congresso em relação à votação de etapa da reforma tributária, segundo o sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane, também adiciona aversão a risco na bolsa paulista.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que tentará colocar em votação o projeto que muda regras do Imposto de Renda no plenário da Casa nesta terça-feira, mas reconheceu que a análise pode ser mais uma vez postergada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Destaques

Embraer (EMBR3) caiu 6,63%, no segundo pregão seguido de baixa, corrigindo parte da alta acumulada em agosto até a última sexta-feira, de 11,8%, na esteira da repercussão positiva ao balanço e a perspectivas de desempenho.

Vale (VALE3) caiu 1,65%, maior pressão de baixa no Ibovespa, em sessão de queda dos preços futuros do minério de ferro na China.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No setor de mineração e siderurgia, o sinal negativo prevaleceu, com destaque para Usiminas (USIM5) entre os papéis do Ibovespa, com queda de 5,09%.

IRB Brasil re (IRBR3) perdeu 3,66%, tendo atingido mínima histórica no pior momento, afetada por prejuízo de 206,9 milhões de reais no segundo trimestre, menor do que a perda de 656,7 milhões de reais um ano antes, mas revertendo o lucro de 50,8 milhões de reais no primeiro trimestre.

Yduqs (YDUQ3) avançou 6,23%, após reportar lucro líquido de 116,5 milhões de reais no segundo trimestre, ante prejuízo um ano antes, desempenho apoiado em um melhor faturamento e medidas de cortes de custos.

Cemig (CMIG4) subiu 2,81%, na esteira de lucro líquido de 1,94 bilhão de reais no segundo trimestre, alta de 80% ante igual período do ano passado, apontando resultados positivos tanto nas operações de geração e transmissão quanto de distribuição.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Petrobras (PETR4)  fechou estável, apesar da queda do petróleo no exterior, com o Brent caindo 0,69%.

ITAÚ Unibanco (ITUB4) cedeu 0,36% e Bradesco (BBDC4) perdeu 0,39%, com agentes financeiros monitorando desdobramentos ligados a mudanças tributárias propostas pelo governo federal.

Compartilhar

A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.