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Ibovespa: Tropeço no início do ano não abala gestores; ‘mercado de ações é o lugar para se estar em 2024’, diz BTG

03 mar 2024, 14:58 - atualizado em 03 mar 2024, 16:45
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Ibovespa: Maioria dos gestores ouvidos pelo BTG enxerga nível superior a 140 mil pontos até o fim de 2024 (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa ainda caminha a passos lentos em sua recuperação rumo às máximas históricas, após a forte correção no primeiro mês de 2024.

Fevereiro trouxe algumas decepções para os mercados, sendo a principal delas as sinalizações mais cautelosas do Federal Reserve (Fed) em relação aos juros americanos.

Após manter a taxa de referência de juros dos Estados Unidos na faixa dos 5,25-5,50%, o Fed, em comunicado, afirmou que esperava mais confiança para dar início ao ciclo de flexibilização monetária no país.

O tom adotado pelo Fed, e reafirmado pelo presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, frustrou as expectativas de agentes financeiros, que passaram a esperar o primeiro corte dos juros americanos apenas para o segundo semestre do ano.

Mas, mesmo com a pressão dos juros, o Ibovespa conseguiu encerrar o último mês com ganhos – embora ainda tímidos. O índice, que é referência na bolsa brasileira, subiu 0,99%, fechando pouco abaixo dos 130 mil pontos.

No entanto, vale lembrar que, no acumulado de 2024, o Ibovespa ainda soma perdas de 3,73%.

2024, o ano para estar no mercado de ações

Apesar desse vai e vem que deixa o Ibovespa sem sinais mais claros de que superará os 134 mil pontos no curtíssimo prazo, o otimismo com as ações brasileiras ainda existe e, inclusive, se mantém firme.

O BTG Pactual entende que a combinação da queda dos juros no Brasil e nos EUA com um valuation relativamente barato da bolsa doméstica pode “preparar o espaço” para uma performance superior por parte das ações em 2024.

O BTG tem boas perspectivas para a economia do Brasil este ano, considerando que a dinâmica da inflação continua positiva. Isso contribui com a perspectiva de manutenção do ciclo de corte da Selic.

“Com a Selic retornando a um dígito, os investidores locais poderão transferir mais dinheiro para ações”, explica o banco, em relatório de atualização de carteira recomendada divulgada na última sexta-feira (1º).

O BTG também destaca que o crescimento dos salários é forte e as condições de crédito estão melhores, impulsionando o dinamismo dos lucros das empresas listadas na B3.

Gestores veem Ibovespa acima dos 140 mil pontos

Gestores ouvidos pelo BTG acreditam que as ações brasileiras devem apresentar um desempenho superior ao da renda fixa em 2024, reforçando a perspectiva de que o mercado acionário é “o lugar para se estar” no momento atual.

A maioria dos gestores entrevistados pela instituição (~60%) vê o Ibovespa fechando o ano acima dos 140 mil pontos. Uma parcela ainda mais otimista (18%) projeta o índice superando os 150 mil pontos até lá, revela o BTG, em relatório divulgado em meados de fevereiro.

O BTG acrescenta que são poucos os gestores que acreditam que o Ibovespa terminará o ano abaixo dos 128 mil pontos (apenas 7%).

O levantamento do BTG revela ainda que 57% dos investidores locais têm maior alocação em serviços básicos. Bancos, varejo e consumo e óleo e gás vêm em seguida, apontando 40%, 37% e 33% das respostas, respectivamente.

Enquanto isso, os investidores estão evitando materiais básicos. 40% dos entrevistados possuem baixa alocação em metais e mineração e 34% em papel e celulose.

Educação e saúde também apresentam baixa alocação atualmente.

Segundo o BTG, as principais opções de ações dos gestores são Itaú (ITUB4), Eletrobras (ELET3) e Petrobras (PETR4).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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