Mercados

Ibovespa renova recorde histórico e Wall Street sobe mais de 1%: como andam os mercados nesta terça-feira (27)

27 maio 2025, 10:54 - atualizado em 27 maio 2025, 11:50
Alta ações ibovespa
Ibovespa e Wall Street operam em alta de mais de 2% com prévia da inflação abaixo do esperado no Brasil e alívio das tarifas de Trump (Imagem: Canva Pro)

O Ibovespa (IBOV) opera em forte alta nesta terça-feira (27) e estende os ganhos da véspera com a desaceleração da prévia da inflação e retomadas das negociações dos índices de Wall Street.

Por volta de 11h30 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira renovou o recorde intradia aos 140.381,93 pontos. A máxima histórica anterior era aos 140.243,86 pontos, registrada na semana passada, em 20 de maio.



No cenário doméstico, os investidores repercutem dados econômicos, entre eles, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). O dado, considerado a prévia da inflação, subiu 0,36% em maio e desacelerou em relação à alta de 0,43% em abril. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 5,40%.

Os números vieram abaixo do esperado. A projeção era de que o índice aceleraria para 0,44% este mês e fecharia em 5,49% o acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.

As mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito de empresas, previdência privada (VGBL, mais especificamente) e câmbio continuam no radar. O Executivo busca novas medidas de compensação após o Ministério da Fazenda voltar atrás sobre o aumento do imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e remessas internacionais para investimentos.

As alterações no imposto também aumentaram a percepção de que o ciclo de altas na taxa básica de juros, a Selic, chegou ao fim. Na avaliação da XP Investimentos,  “parece razoável” afirmar que o IOF mais alto pode substituir, em um cenário base, a alta final de 0,25 p.p. que era esperada pela equipe para a reunião de junho.

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Wall Street no azul

Os índices de Wall Street também operam com avanço de mais de 1%, em uma reação “atrasada” ao recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre a importações dos produtos da União Europeia no país. Inicialmente, as taxas entrariam em vigor em vigor em 1º de junho. 

Mas, após uma conversa com a a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no final de semana, Trump decidiu adiar as tarifas para 9 de julho.  Em publicação no X, Leyen disse que a UE estava “pronta para avançar nas negociações de forma rápida e decisiva”.

Na abertura, o índice S&P 500 subia 1,17%, aos 5.870,98 pontos; Dow Jones registrava alta de 0,86%, aos 41.959,35 pontos, e Nasdaq tinha avanço de 1,54%, aos 19.025,98 pontos.

Ontem (26), os mercados permaneceram fechados devido ao ‘Memorial Day’.

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices fecharam majoritariamente em tom positivo em meio às negociações tarifárias com os Estados Unidos. Entre os destaques, o mercado repercutiu a notícia de que o Japão buscará estabilizar seu mercado de dívida, após semanas de preocupações que levaram a uma alta expressiva nos rendimentos dos títulos públicos. O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,51%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, registrou avanço de 0,43%.

Na Europa, o índice da bolsa alemã DAX renovou a máxima histórica com o alívio das tensões comerciais entre Estados Unidos e União Europeia. Por volta de 10h40 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,41%, aos 552,76 pontos.

E o dólar?

O dólar ganha força ante as moedas globais, como euro e libra. Por volta de 10h40, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, registrava alta de 0,32%, mas ainda no nível dos 99 mil pontos.

Já na comparação com o real, a moeda norte-americana operava em leve queda, apesar da fraqueza das commodities. O dólar é pressionado por novo leilão de linha de US$ 1 bilhão do Banco Central, com o compromisso de recompra em 3 de setembro deste ano. No mesmo horário, a divisa operava a R$ 5,6670 (-0,03%).



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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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