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Impacto da nova variante do coronavírus chega ao mercado cripto; confira análise semanal

29 nov 2021, 11:23 - atualizado em 29 nov 2021, 13:29
Criptomoedas Bitcoin BTC Ether ETHPixabay
Segundo a Brave New Coin, Todos os mercados financeiros estão em um estado de alerta, à medida que crescem as preocupações em torno de uma nova variante do coronavírus (Imagem: Pixabay/Photospirit)

Na última semana, os mercados do bitcoin (BTC) e de ativos digitais continuaram a cair. O bitcoin – a maior e mais antiga criptomoeda do mundo – terminou a semana com uma queda de 5%, sendo negociado próximo dos US$ 55 mil.

Já a segunda maior cripto – o ether (ETH) – terminou a semana com uma queda de 2%, além da maioria do mercado de criptomoedas alternativas (“altcoins”) também em baixa.

Porém, não foi somente o mercado cripto que teve uma semana ruim. Todos os mercados financeiros estão em um estado de alerta, com negociadores vendendo seus ativos de risco, à medida que crescem as preocupações em torno de uma nova variante do coronavírus.

A nova variante – Ômicron – detectada primeiro na África do Sul, está sendo descrita como “preocupante” por autoridades da saúde. O surgimento da variante Ômicron fez com que alguns países decretassem novamente o fechamento das fronteiras.

Cientistas ficaram cientes da nova variante em 23 de novembro. Já foram encontrados casos da Ômicron pela Europa, Botsuana e Austrália.

Os mercados estão esperando para ver se a nova variante levará a uma nova rodada de lockdowns internacionais, que poderão impactar o produto interno bruto (PIB) dos países, após dois anos difíceis de pandemia.

Cientistas ainda têm de determinar o quão resistente Ômicron é em relação às vacinas e o quão fortes são os sintomas.

Essas descobertas impactarão como os governos lidarão com a variante e se as economias pelo mundo irão fechar novamente. Por enquanto, a incerteza está conduzindo o sentimento de eliminação de risco.

Em conjunção com o mercado cripto, houve liquidações agudas também no mercado tradicional. O preço de ações globais caíram para seu menor valor desde outubro, enquanto ações europeias atingiram seu menor valor desde julho deste ano.

Negociadores migraram para “portos seguros”, como títulos soberanos e ouro, à medida que a volatilidade se espalha nos mercados.

A falta de capacidade do bitcoin de evitar a liquidação de ativos de risco no mercado mais amplo indica que a criptomoeda ainda não é aceita como um ativo do tipo “porto seguro”.

Com o preço de criptoativos com alta capitalização de mercado, como bitcoin, ether e solana (SOL) apresentando altas de 89%, 457% e 12.358% no acumulado anual, não surpreende que alguns investidores cripto tenham escolhido embolsar os lucros, em meio à nova onda de incerteza do mercado.

Defensores da alta do mercado cripto permanecem confiantes de que essa queda é somente uma correção dentro de uma tendência de alta a longo prazo. Quedas de até 25% no preço de criptomoedas antes de uma rápida recuperação não são incomuns em cripto.

Mesmo durante um ano forte para cripto, em setembro, o preço do bitcoin caiu 23%, saindo de US$ 52.740 para US$ 40.380. Entre os dias 15 e 22 de junho deste ano, o BTC caiu 22%, saindo de quase US$ 50.620 para US$ 37.710.

Após cada uma dessas quedas, a recuperação foi notável, e as perdas foram recuperadas rapidamente. O mercado cripto já aparenta sinais de vida mais fortes, com o bitcoin sendo negociado na casa dos US$ 57 mil neste momento.

O governo de El Salvador é um dos detentores de bitcoin que está confiante quanto a uma recuperação da moeda, ao ter adquirido 100 BTC, quando o preço do bitcoin estava em, aproximadamente, US$ 54 mil.

O presidente Nayib Bukele tuítou, na sexta-feira (26): “El Salvador acabou de comprar na queda. Cem moedas extras adquiridas com desconto #BTC”. Em setembro deste ano, o país caribenho foi o primeiro do mundo a implementar o bitcoin como moeda corrente.

O que vem por aí esta semana?

30 de novembro: atualização Bruno, da Binance Smart Chain (BSC)

Amanhã (30), a Binance Smart Chain passará por uma bifurcação (“hard fork”) programada, que será baseada nos tempos atuais de geração de blocos.

A atualização irá introduzir um novo mecanismo de queima em tempo real, dentro do modelo econômico da BSC, que deverá acelerar tanto a queima de binance coin (BNB) quanto a sincronização total de nós do blockchain em mais de 60%.

A binance coin destoou significativamente das demais criptos de grande capitalização de mercado, com um aumento de 1% nos últimos sete dias.

1º de dezembro: Qtum realiza o primeiro halving das recompensas de bloco

Qtum (QTUM) é um blockchain proof-of-stake (PoS), que combina a segurança baseada em UTXO com a capacidade de apoiar a Ethereum Virtual Machine (EVM).

Na próxima quarta-feira, a rede irá executar o halving, que reduzirá o número de tokens oferecidos como recompensa a validadores do PoS, de 1 QTUM para 0,5 QTUM.

Geralmente, um halving leva a aumentos de preço, pois a redução das recompensas diminui o fornecimento, aumenta a escassez e reduz a pressão de venda sobre mineradores. O preço do token QTUM caiu 4% na semana passada.

Top 10 criptoativos da semana

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(Imagem: Brave New Coin)

A incerteza e o receio presentes nos mercados financeiros impactaram as criptomoedas com grande capitalização de mercado, com a maioria delas apresentando quedas, com algumas exceções, como binance coin.

Cardano (ADA) continua em seu período de baixo desempenho contra sua principal concorrente, ether. Nos últimos 90 dias, ADA caiu 57% em comparação com ETH.

A plataforma de negociação de varejo eToro anunciou, na semana passada, que irá remover cardano e tron (TRX), devido a preocupações regulatórias.

Gráfico de preço do bitcoin

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(Imagem: Brave New Coin)

Nos últimos 30 dias, o bitcoin caiu cerca de 10%. No entanto, nesse mesmo período, os fundamentos da rede permaneceram consistentes e indicam uma recuperação a longo prazo.

Na última terça-feira (23), a fornecedora de dados em blockchain Glassnode informou que a quantidade de endereços com saldo positivo de bitcoin (“non-zero”) atingiu uma nova máxima histórica.

Existem cerca de 38,76 milhões endereços com saldo positivo na rede. Isso pode ser considerado um indicativo do crescimento da adesão e uso da rede Bitcoin.

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