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Impacto da reforma tributária pode ser muito grande para shoppings, dizem analistas

29 jun 2021, 17:42 - atualizado em 29 jun 2021, 17:42
Iguatemi Shopping
Os impactos do fim da tributação do “lucro presumido” para empresas do setor imobiliário com mais de 50% das receitas derivadas de aluguéis seriam enormes, disse o BTG Pactual (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Os impactos da reforma tributária podem ser “massivos” para os shopping centers, disse o BTG Pactual (BPAC11).

Segundo o banco, a tributação de dividendos em 20%, o fim dos juros sobre capital próprio (JCP) e a redução do imposto de renda de 34% para 29% não mudariam muita coisa para as ações do setor, mas os efeitos do fim da tributação do “lucro presumido” para empresas do setor imobiliário com mais de 50% das receitas derivadas de aluguéis seriam enormes.

“Vemos impactos similares para todas as companhias, uma vez que (i) Aliansce Sonae (ALSO3), brMalls (BRML3) e Iguatemi (IGTA3) têm um percentual parecido de shoppings sob a o regime de tributação de ‘lucro presumido’ e (ii) o imposto de renda da Multiplan (MULT3) não vai disparar, mas perderá todos os benefícios dos JCP”, comentaram os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, em relatório divulgado ontem e obtido pelo Money Times.

Os analistas destacaram que, na média, os shoppings (com exceção de Multiplan) possuem 45% dos ativos sob regime de tributação de “lucro presumido” e 55% sob regime de “lucro real”.

“Portanto, com o fim da tributação do ‘lucro presumido’, esperamos que a alíquota do imposto de renda das companhias do setor seja bem maior”, afirmaram.

No geral, o BTG espera que o imposto de renda para as operadoras de shoppings seja de aproximadamente 29% (ante estimativa anterior de cerca de 19% em 2023), impactando o lucro líquido e a capacidade das empresas de pagar dividendos.

Considerando um cenário em que as mudanças foram implementadas, o banco estima que o fluxo de caixa operacional em 2023 deve cair aproximadamente 15% para as companhias no geral.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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