Suínos

Impacto para o Brasil da desova de estoques chineses de carne suína ainda é incerto

12 jan 2021, 14:24 - atualizado em 12 jan 2021, 15:00
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Feriadão do Ano Novo chinês terá mais carne suína liberada pelo governo e impacto nas exportações brasileiras ainda é incerto (Imagem: Reuters/Jason Lee)

A aviso do governo chinês de que desovará 30 mil toneladas de carne suínas de suas reservas no próximo dia 15 é abreviado em dois cenários para o Brasil, mas com poucas certezas sobre ambos até que passe o longo feriadão do Ano Novo Lunar por lá em fevereiro.

Como é um movimento que já começou há algumas semanas de vendas de estoques estratégicos, após as 670 mil toneladas em 2020, segundo despachos de agências de notícias, um dos ângulos do impacto disso pode ser a necessidade, de “mais a frente, os chineses precisarem importar mais”.

Por outro lado, contra a possível maior demanda por esvaziamento dos inventários estatais da China, acrescenta Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), pode ser uma estratégia de deixar o atacado e varejo mais abastecidos, retardar as compras internacionais, enquanto vai recompondo o plantel de suínos muito afetado pela peste suína africana (PSA).

“É notório que os chineses estão avançando cada vez mais na retomada da produção”, explica o representante dos suinocultores gaúchos, um dos polos exportadores do Brasil.

Em 2020, o país asiático buscou mais no Brasil sua carne preferida. Em torno de 500 mil toneladas, das 1,021 milhão/t embarcadas globalmente, que resultaram em US$ 2,270 bilhões, respectivamente mais 36% e mais 42,2%.

2021 não reservava nenhuma expectativa de baixa ou de alta maior sobre 2020 e com a dose de carne suína que já vem saindo dos estoques regulatórios, Valdecir Folador diz que “temos que aguardar algumas semanas, pois os chineses são cheios de estratégias”.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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