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Impactos dos preços do leite e do feijão no IPCA de julho tendem repetir junho

08 jul 2022, 10:30 - atualizado em 08 jul 2022, 10:33
Captação dos laticínios caiu brusca bruscamente em junho com oferta reduzida de leite (Imagem: Pixabay/tookapic)

A pressão do leite pela menor oferta em entressafra não foi surpresa no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho, sob alta de 0,67%, contra 0,47% de maio. O feijão, por outro lado, pode ser a surpresa, já que o item foi a segundo a influenciar no grupo Alimentos e Bebidas (0,80%), em plena safra.

E os dois devem seguir impactando a carestia de julho.

Os 10,72% de alta no leite longa vida está em linha com o avanço de mais de R$ 1,5 no litro, que chegou à média de R$ 8, ou até R$ 9 em regiões mais distantes dos centros produtores, pela produção decrescente em período de seca e custos elevados de insumos aos produtores, como anotou Money Times no dia 5.

Sem sinais de chuvas em julho, não há expectativa de aumento da captação pelos laticínios.

Quanto ao feijão, que impactou o grupo alimentação do IPCA em 9,74%, a segunda safra, na reta final de colheita, está saindo com 1,4 milhão de toneladas. É menor que as médias históricas de 1,5 a 1,6 milhão/t, mas está acima do mesmo ciclo de 2021, destaca o analista Vlamir Brandalizze.

O ano passado atingiu 1,1 milhão/t, em dados oficiais da Conab.

A demanda está acelerada, resultado do achatamento da renda da população, que ainda opta por alimento mais barato na balança desproporcional com substitutos mais caros – como as massas derivadas de trigo – e anula a maior oferta entrando.

Em combinação, a terceira safra anual, quase toda irrigada, além de ser pouco expressiva, vai concorrer com a produção de milho semente.

Logo, Brandalizze está vendo o feijão de melhor qualidade, em torno de R$ 420 a saca, puxando os preços dos mais comerciais, que já estão batendo os R$ 360.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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