Economia

Inflação em 2024: Desaceleração à vista, mas ainda longe da meta, estima Santander

23 jan 2024, 19:59 - atualizado em 23 jan 2024, 19:59
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O banco projeta uma inflação no Brasil acima da meta, mas afirma que um corte de juros deve começar nas principais economias (Imagem: Reuters/Kacper Pempel)

O panorama inflacionário do Brasil mostra sinais de estabilização, mas ainda apresenta desafios significativos à frente, de acordo com economistas do Santander (SANB11).

De acordo com o relatório Proposições Macro do Santander Brasil para 2024, a inflação, medida pelo IPCA, deve manter uma tendência de desaceleração no decorrer de 2024, embora não deva atingir a meta do governo, de 3%.

A projeção, de 3,9% em dezembro de 2024, indica um término de um ciclo de diminuição da inflação, evidenciando um desafio para o Banco Central no controle inflacionário no ano.

O banco cita que um dos obstáculos pode estar na nova regra de reajuste real para o salário mínimo. “Ela pode abrandar uma desaceleração mais forte da inflação no setor de serviços”, diz.

Inflação arrefece no mundo e abre espaço para corte de juros

Os economistas do Santander projetam cortes nas taxas de juros das principais economias do mundo ao longo do ano, como na zona do Euro, no Japão e nos EUA.

No caso dos americanos, a expectativa é de que o Federal Reserve inicie os cortes no fim do primeiro semestre, mesmo com um consumo resiliente, fruto de uma poupança herdada da pandemia.

Entre os riscos, o banco cita uma atividade ainda mais resiliente nos países, impactando na inflação e, consequentemente, na taxa de juros.

Commodities: Preços devem arrefecer, segundo banco

A política monetária ainda restritiva em diversos países deve refletir uma desaceleração da atividade econômica e queda na demanda por commodities, afirmam os economistas do banco.

Para os preços agrícolas, a perspectiva é de um recuo, refletindo o aumento da área plantada e do enfraquecimento do El Niño.

No entanto, no setor de energia, a previsão é de alta em uma commodity importante para a inflação no Brasil: o petróleo.

O Santander estima o preço do barril a US$ 95 no fim do ano. Atualmente, o barril do Brent está cotado a US$ 80. “A produção dos EUA atingiu um máximo histórico e permanecem dúvidas sobre os cortes voluntários da Opep”, diz o relatório.

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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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Repórter formado pela PUC-SP, com passagem pelo Poder360, Estadão e Investidor Institucional. Tem pós-graduação em jornalismo econômico pela FGV-SP, através do programa Foca Econômico 2022, do grupo Estado. No Money Times, cobre política, mercados e também a indústria de armas leves no Brasil.
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