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Inflação, juros e Ibovespa: Tudo o que o mercado não quer é um susto com o IPCA e o CPI nesta semana

11 set 2023, 10:13 - atualizado em 11 set 2023, 10:41
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Comporte-se: inflação até pode subir, mas dentro do esperado para não atrapalhar corte da Selic (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Nesta semana, os investidores só pensarão em dados de inflação. Por aqui, o IBGE divulgará o IPCA de agosto nesta terça-feira (12). Na quarta (13), será a vez de os Estados Unidos conhecerem o CPI do mês passado. Os dois índices medem a inflação dos consumidores e serão decisivos para o rumo das taxas básicas de juros brasileira e americana.

Por isso, tudo o que o mercado não quer é tomar um susto com altas inesperadas dos preços. Isso não significa que o mercado não revise suas projeções de inflação. O Boletim Focus desta segunda-feira (11), por exemplo, traz novo ajuste para o IPCA de 2023, que subiu de 4,92% para 4,93%. A estimativa para 2024 também passou de 3,88% para 3,89%.

No curtíssimo prazo, os analistas esperam que o IPCA de agosto fique ao redor de 0,24%, o que elevaria a inflação acumulada em 12 meses de 3,99% para 4,62%. Até onde o mercado enxerga, contudo, esse resultado, bem como a revisão da inflação contida no Focus de hoje, são insuficientes para alterar o rumo do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

A maioria dos analistas mantém a aposta de que o Copom seguirá na mesma toada de agosto, e fará um novo corte de 0,50 ponto na Taxa Selic, baixando-a para 13,25% ao ano. Mais uma vez, o Focus endossa essa avaliação, já que, mesmo com a ligeira alta das projeções do IPCA, a Selic prevista para o fim do ano permaneceu em 11,75% – o que significa que, além do corte de setembro, haveria, pelo menos, mais um de 0,50 ponto.

Outro fator que tende a agradar os investidores é a disposição do governo federal de cortar gastos, a fim de cumprir a meta fiscal de 2024, reduzindo, assim, a dependência do aumento da arrecadação. Em entrevista neste fim de semana, o número 2 do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou que o governo não deve apostar “todas as fichas” na arrecadação, e que medidas de corte de gastos já estão em curso.

Super Quarta: Inflação ditará rodada decisiva para o Ibovespa

Mas, e o mercado internacional? Os estrangeiros poderiam atrapalhar o cenário? Por ora, os sinais são positivos. Os índices futuros das Bolsas americanas operam em alta nesta manhã, mostrando que os investidores estrangeiros continuam acreditando que o Federal Reserve será capaz de domar a inflação americana, sem jogar os Estados Unidos numa recessão.

E, por falar em recessão, as apostas de que a China conseguirá estimular sua economia e evitar uma freada maior também alimentam o bom humor do mercado neste começo de semana.

Até a Super Quarta, em 20 de setembro, quando o Copom e o Fomc decidirão as novas taxas de juros do Brasil e dos EUA, respectivamente, o mercado analisará com lupa qualquer movimento que indique uma reversão de expectativas.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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