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Inflação vai estourar o teto de 5% em 2022? Analistas apostam no pior para não errar (de novo)

22 nov 2021, 15:22 - atualizado em 22 nov 2021, 15:26
Ibovespa
Inflação em 2022 não deve ficar no centro da meta, mas também não romperá o teto, oscilando próximo do limite de 5%, explica economista ao Money Times (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O relatório Focus, que reúne o consenso de especialistas de mercado, divulgado nesta segunda-feira (22) levantou a bola: o Brasil vai estourar o teto da meta de inflação em 2022? O alerta se dá pelo fato de o mercado ter elevado a expectativa de inflação para  ano que vem para 4,96% de 4,70%. O Banco Central (BC) estipula o centro da inflação em 3,5% em 2022, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em outras palavras, o mercado já enxerga uma inflação de 4,96% em 2022 e o teto do BC é de 5%. Qual é a chance real do cenário se confirmar? Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Viera, os analistas “preferem apostar no pior para não errarem de novo”, disse em entrevista concedida ao Money Times.

Ele explica que a inflação global, que lá atrás os bancos centrais chamaram de temporária, se mostrou mais perene que o esperado, pegando muitos especialistas de surpresa. O último boletim Focus, divulgado pelo BC, reflete a tese do economista.

“É muito difícil prever quando tudo isso vai acabar. Mas já há sinais de que a inflação deva ceder com, por exemplo, os semicondutores voltando aos eixos nas cadeias produtivas“, afirma Viera.

Segundo o economista, a inflação em 2022 não deve ficar no centro da meta, mas também não romperá o teto, oscilando próximo do limite de 5%.

E a bolsa?

Com uma curva de juros já contratada em dois dígitos no ano que vem, a Selic em patamares mais elevados pressionará mais os setores automotivo e imobiliário na Bolsa, adverte o especialista da Infinity.

No momento, o primeiro lida com o descompasso da oferta e da demanda e o último já tem muitos pontos em andamento, como financiamentos imobiliários em um cenário de alta de juros.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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