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Inter (INTR): Ação já caiu o que tinha que cair; é hora de comprar, dizem analistas após balanço

16 ago 2022, 17:20 - atualizado em 16 ago 2022, 22:59
O sentimento de analistas é de que pior já passou. A frase, inclusive, foi dita pelo próprio CEO, João Vítor Menin (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

O Inter (INTR) divulgou seus números do segundo trimestre de 2022 com cifras que foram bem recebidos pelos mercados.

As ações negociadas na Nasdaq fecharam em alta de 9,71%, a US$ 3,84. Aqui no Brasil, os BDRs dispararam ainda mais: 13,07%, a R$ 19,55.

O sentimento de analistas é de que pior ficou para trás. A frase, inclusive, foi dita pelo próprio CEO, João Vítor Menin.

“O pior em termos da atrasos já passou”, disse em entrevista à Reuters por telefone.

A fintech anunciou na noite de segunda-feira que o índice de inadimplência acima de 90 dias foi de 3,9% no segundo trimestre, ante 3,5% no fim de março e 3% em dezembro de 2021.

Para o Itaú BBA, Inter reportou um conjunto decente de resultados, com R$ 29 milhões em lucro líquido, praticamente igualando as estimativas.

Já a qualidade do crédito, algo que é avaliado com lupa pelos mercados, mostrou apenas uma modesta deterioração de 20 pontos-percentuais, para um índice de inadimplência de 3,4% contra 3,6% esperados, diz a corretora.

“No geral, ainda não é uma linha de fundo material, mas os resultados mostram que o pior provavelmente já passou”, destaca.

Além disso, os analistas afirmam que comparado ao Nubank (NU), o Inter reportou menos carteira de empréstimos e crescimento de receita, mas também menos pressões de qualidade de crédito.

O UBS coloca, por outro lado, que o GMV do Marketplace decepcionou com uma queda de 6% no trimestre, o que foi compensado pelo aumento da taxa de aceitação líquida.

No entanto, o banco suíço sustenta que o Inter já está negociando abaixo do esperado, limitando o risco de queda.

Lado pessimista

Por outro lado, a Eleven ressalta que a inadimplência da carteira é um ponto de atenção, que ficou em 3,9% ante 3,3% no 1T22 e 3% no 2T21, refletindo em grande parte a inadimplência da carteira de cartão de crédito que atingiu 7,9% no 2T22 vs. 6,6% no 1T22, com tendência de alta gradual.

“Na comparação com outros bancos focados em pessoas físicas, apesar de ter aumentado sua participação em cartão de crédito, o Inter apresenta, de forma geral, uma carteira de crédito diversificada e conservadora, operando em linhas com garantia como consignado e imobiliário, sendo 73% da sua carteira com algum colateral”, diz.

Para a corretora, o Inter apresentou um resultado negativo pois as despesas seguem crescendo na mesma velocidade das receitas e a rentabilidade não apresenta evolução.

O Bradesco BBI afirma que essa melhora sequencial parece estar amplamente incorporada nos preços das ações neste momento, sendo negociadas ao redor de 1,0x o valor patrimonial (P/VPA).

“No futuro, embora as perspectivas para os spreads devam melhorar no 2S22, acreditamos que há menos espaço para um otimismo mais forte no curto prazo, pois os riscos de execução ainda parecem altos neste momento”, completa.

Hora de comprar Inter

O BBA sustenta a recomendação de compra para o Inter, com preço-alvo de US$ 8, com a ação negociada com desconto de 1 vezes o  P/VPA – Preço sobre o Valor Patrimonial por Ação e um preço sobre lucro de 12 vezes.

O UBS também tem recomendação de compra, com preço-alvo de US$ 6.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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