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Investir em uma carteira de IPOs é um bom negócio?

20 jun 2021, 10:17 - atualizado em 20 jun 2021, 13:47
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
De janeiro a abril, 22 empresas abriram capital na Bolsa brasileira (Imagem: B3/Divulgação)

O ano de 2020 foi muito agitado para a B3 (B3SA3). Apesar de todas as adversidades causadas pela pandemia de Covid-19, a Bolsa brasileira presenciou um forte movimento de empresas realizando ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês).

A expectativa para esse ano é ainda maior. O ritmo de empresas abrindo capital na B3 continua aquecido, possivelmente levando a recordes.

Mas investir nas empresas que fizeram seus IPOs tem se mostrado um bom negócio? O SmartBrain criou uma carteira usando seu consolidador Advisor para analisar o comportamento das ações e mostrar se o portfólio rendeu no início do ano.

O Smartbrain levou em consideração o período de 26 de janeiro, quando ocorreu o primeiro IPO do ano, da HBR Realty (HBRE3), a 30 de abril, com a estreia dos units do Modalmais (MODL11) na Bolsa. Dessa forma, o estudo considerou 22 empresas.

Empresa Ticker
Allied ALLD3
Blau Farmacêutica BLAU3
Bemobi BMOB3
CSN Mineração CMIN3
Cruzeiro do Sul CSED3
Caixa Seguridade CXSE3
Eletromidia ELMD3
Espaçolaser ESPA3
GPS GGPS3
HBR Realty HBRE3
Intelbras INTB3
Jalles Machado JALL3
Mater Dei MATD3
Mobly MBLY3
Modalmais MODL11
Mosaico MOSI3
Oceanpact OPCT3
Orizon ORVR3
Focus Energia POWE3
Boa Safra SOJA3
Vamos VAMO3
Westwing WEST3

Vale lembrar que mais quatro empresas abriram capital na Bolsa depois de abril: PetroRecôncavo (RECV3), GetNinjas (NINJ3), Tegra (TEGA3) e Dotz (DOTZ3), todos em maio.

Simulação

O SmartBrain simulou o que teria acontecido se um investidor tivesse aplicado R$ 1 mil em cada uma das 22 ações, com a compra sendo realizada no dia da estreia na Bolsa e com base nos preços de fechamento do dia.

Para exemplificar, a plataforma citou a CSN Mineração (CMIN3), que fez seu IPO em fevereiro. A ação fechou seu primeiro dia de negociação próxima ao piso da faixa indicativa, a R$ 8,96. Em 30 de abril, o ativo encerrou o pregão cotado a R$ 10,44 – ou seja, valorizou 16,5% no período.

Porém, considerando todos os ativos da carteira, o levantamento revelou que investir em todas as empresas que fizeram IPO no início do ano não gerou rentabilidade atrativa – janeiro, fevereiro e março foram meses de desempenho negativo, tendo apenas abril fechado com valorização.

“A performance dos IPOs em si, inclusive casos que movimentaram bilhões de reais, não são necessariamente indicativos de que uma ação terá bom rendimento mesmo no curto ou médio prazo”, concluiu o SmartBrain.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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