Economia

IPCA sobe 0,23% no mês de agosto

12 set 2023, 9:01 - atualizado em 12 set 2023, 10:29

inflação, IPCA
IBGE divulgou os dados da inflação brasileira, o IPCA, nesta terça-feira (12) (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,23% em agosto, acelerando-se em relação à alta de 0,12% apurada em julho.

O resultado veio levemente abaixo da mediana projetada pelo mercado, que esperava aceleração de 0,26%.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12), o IPCA acumula alta de 3,23% nos primeiros oito meses do ano.

Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses até agosto para +4,61%, de +3,99% no mês anterior. Ainda assim, a inflação permanece dentro do teto da meta do Banco Central para 2023, de 4,75%.

Grupos do IPCA

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram de Habitação. Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (0,58% e 0,08 p.p.) e Transportes (0,34% e 0,07 p.p.). No lado das quedas, o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85% e -0,18 p.p.).

Os resultados dos demais grupos foram: 0,69% de Educação (0,04 p.p.), 0,54% em Vestuário (0,02 p.p.), 0,38% em Despesas Pessoais (0,04 p.p.), -0,09% em Comunicação (-0,01 p.p.) e -0,04% em Artigos de residência (0,00 p.p.).

A principal influência no resultado do mês veio de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p. no índice geral. “O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu”, explica o gerente do IPCA/INPC, André Almeida.

O grupo Saúde e cuidados pessoais foi o segundo maior impacto positivo, contribuindo 0,08 p.p. no índice geral. “O que contribuiu para a aceleração foi a alta em higiene pessoal, passando de -0,37% em julho para 0,81% em agosto. Também houve alta nos preços dos produtos para pele (4,50%) e dos perfumes (1,57%)”, aponta Almeida.

Já no grupo de Transportes (0,34%), o gerente explicou que a gasolina continuou sendo a maior influência, com alta de 1,24% e impacto de 0,06 p.p. no índice geral, mas que também destaca-se a alta do automóvel novo (1,71% e 0,05 p.p.).

Por outro lado, o grupo de Alimentação e bebidas (-0,85%) apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, em grande parte devido ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%).

Destacam-se as quedas da batata-inglesa (-12,92%), do feijão-carioca (-8,27%), do tomate (-7,91%), do leite longa vida (-3,35%), do frango em pedaços (-2,57%) e das carnes (-1,90%). No lado das altas, o arroz (1,14%) e as frutas (0,49%) subiram de preço, com destaque para o limão (51,11%) e para a banana-d’água (4,90%).

*Com informações da Agência IBGE

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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