IRB (Re) (IRBR3): BTG eleva preço-alvo, com perspectivas melhores para 2026 e dividendos no radar
O BTG Pactual elevou o seu preço-alvo para o IRB (Re) (IRBR3) de R$ 56 para R$ 60, de olho em uma menor percepção de risco para a resseguradora. A recomendação é de compra.
Os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel revisitaram as tendências recentes após um terceiro trimestre mais fraco e atualizaram as estimativas para 2026–2027, de olho em uma melhora gradual no sentimento dos investidores e sinais operacionais sólidos no início do quarto trimestre.
Na visão do banco, os resultados do quarto trimestre de 2025 devem vir dentro do previsto e há expectativa de um 2026 mais promissor. Um outubro forte e novembro sem surpresas negativas permitem um lucro anual ligeiramente acima de R$ 500 milhões.
“Um ‘run-rate’ de R$ 50 milhões mensais sustentaria lucro de R$ 600 milhões em 2026, sem eventos relevantes de grandes sinistros. Para 2026, espera-se crescimento moderado dos prêmios emitidos e forte expansão dos prêmios retidos, com menor cessão, retomada de Vida e expansão na América Latina”, pondera o BTG.
A sinistralidade deve permanecer estável, enquanto o ganho de índice combinado virá da redução de despesas e custos legados, com número de colaboradores em torno de 350.
Dividendos no radar
O início da remuneração dos acionistas do IRB via dividendos está no radar dos analistas do BTG para o próximo ano.
Ainda que, inicialmente, a expectativa seja apenas do pagamento mínimo de 25%, o banco vê espaço para que os dividendos cresçam no futuro, tendo em vista a melhora significativa da geração de capital.
“Finalmente, a geração de capital está melhorando significativamente — também apoiada pela monetização de Ativos Fiscais Diferidos (DTAs) — o que cria espaço para pagamentos de dividendos potencialmente mais altos no médio prazo. Com a subscrição agora mais previsível, o capital forte e o turnaround essencialmente completo, continuamos a gostar da assimetria de risco–recompensa do IRB dentro do setor de seguros brasileiro”, diz o banco.