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IRB: relatório negativo do UBS BB gera efeito manada e dobra volume negociado de ações

07 out 2020, 10:52 - atualizado em 07 out 2020, 11:25
IRB BRASIL IRBR3
Estopim: UBS BB detonou corrida de venda de ações do IRB ontem (Imagem: Youtube/IRB)

Os investidores realmente prestaram atenção no alerta do UBS BB e correram para vender as ações do IRB (IRBR3) ontem (6). Como se sabe, a joint-venture entre os suíços e o Banco do Brasil (BBAS3) retomou a cobertura da resseguradora com a divulgação de um relatório bastante negativo.

O UBS BB afirmou que a nova gestão precisará de tempo para sanar todos os estragos causados pelos ex-diretores, que envolvem operações fraudulentas com apólices e gestão temerária de recursos.

A instituição estima que a situação do IRB só estará melhor em 2024. Por isso, recomendou a venda dos papéis, com preço-alvo 47% menor que o patamar atual.

A ficha caiu

A análise, obtida pelo Money Times, foi um choque de realidade nos investidores e levou os papéis a encerrarem a terça-feira (6) com queda de 17,11%.

O resultado é ainda mais representativo, quando se constata o salto no volume de negociações envolvendo o papel. Até as 14h47 de ontem, a B3 (B3SA3) já havia registrado 94.402 transações, envolvendo 159,4 milhões de ações do IRB. O valor dos negócios alcançava R$ 1,3 bilhão.

Para se ter uma ideia, nos nove dias anteriores, o total diário de negócios com o IRB oscilou entre 37.481 e 76.175, envolvendo entre 57 milhões e 140 milhões de ações, por valores de R$ 423 milhões a R$ 1 bilhão.

O salto do volume de negócios levou a própria B3 a questionar o IRB ontem. Em ofício à dona da Bolsa brasileira, a resseguradora atribuiu a movimentação atípica ao relatório do UBS.

Veja o comunicado do IRB sobre o episódio.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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