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IRB x Squadra: saiu o balanço que mostrará quem tem razão, segundo o mercado

19 fev 2020, 9:43 - atualizado em 19 fev 2020, 9:43
IRB Brasil
Hora da verdade:  PwC afirma que não há nada de errado nos números do IRB (Imagem: Facebook)

O IRB Brasil (IRBR3) finalmente divulgou seus números do quarto trimestre e do acumulado de 2019. Trata-se de um documento importante, na guerra que trava com a gestora de investimentos Squadra, que questionou publicamente, em fevereiro, as finanças da resseguradora, acarretando forte queda nas ações – e lucrando com isso.

A PwC, auditora independente que revisou o balanço, aprovou as demonstrações sem ressalvas – colocando-se como fiador do IRB.

Assinado por Patrício Marques Roche, o parecer da PwC afirma que “as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do IRB-Brasil Resseguros S.A. e do IRB-Brasil Resseguros S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2019.”

A resseguradora contabilizou um crescimento de 69,5% no lucro líquido, entre o quarto trimestre de 2018 e o mesmo período do ano passado, chegando a R$ 632,1 milhões. No acumulado do ano, a cifra foi de R$ 1,763 bilhão – uma alta de 44,7%.

Prêmio emitidos

Os prêmios emitidos, que correspondem, grosso modo, à receita da companhia, totalizaram R$ 2,098 bilhões entre outubro e dezembro, sinalizando um incremento de 24,8% sobre o período comparado.

Já os sinistros, principal fonte de gastos de uma operadora de seguros, recuaram 8,7%, para R$ 747,2 milhões no quarto trimestre. O índice de sinistralidade total, que mede quanto a empresa desembolsa, em relação ao que fatura, caiu 11,3 pontos percentuais, para 46%.

No relatório que acompanha as demonstrações financeiras, o IRB atribui o desempenho à “maior confiança” nos clientes.

Entre os pontos atacados pela Squadra, que mantinha uma posição vendida com papéis do IRB (e assumiu isso), estava o lucro gerencial antes de impostos. Para a gestora, a resseguradora contabilizou, de modo impróprio, certos ganhos não-recorrentes como recorrentes.

Divisão

Assim, no acumulado até setembro, o lucro divulgado pela companhia, de R$ 1,39 bilhão, seria, na verdade, um prejuízo de R$ 112 milhões. No balanço divulgado nesta quarta-feira (19), o IRB manteve sua posição, e informou um lucro antes de impostos de R$ 1,9 bilhão no acumulado do ano, uma alta de 26,3%.

O relatório da Squadra dividiu os analistas. A XP Investimentos, por exemplo, colocou a empresa em revisão, enquanto o Citi e o Morgan Stanley mantiveram sua recomendação para os papéis. O pregão desta quarta dirá quem tem razão, segundo o mercado.

Veja a íntegra das demonstrações financeiras e do relatório da auditoria independente PwC.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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