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Itaú BBA: spread dos frigoríficos foi limado e 4T22 de Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) está na mira

16 jan 2023, 10:32 - atualizado em 16 jan 2023, 11:25
China Carnes
Importadores chineses tendem a manter pressão sobre o preço da carne bovina importada (Imagem: REUTERS/Fang Nanlin)

O relatório do Itaú BBA lançou algumas luzes preocupantes sobre os balanços dos frigoríficos listados em bolsa, Minerva (BEEF3), Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) do último trimestre de 2022, pelo menos na relação de margens exportadoras, da mesma forma que atingem as demais companhias de carne bovina com operações internacionais.

O efeito recorde dos embarques brasileiros, em volume e receita, foi praticamente anulado pelo spread em queda livre.

Em dezembro, caiu para 3%, sobre os 13% de novembro.

Os analistas da casa chegaram a essa conclusão com a cotação no último mês de 2022 em US$ 4,95 mil a tonelada, 5,3% a menos sobre os 30 dias anteriores, e 27,5% abaixo do pico de junho, quando o mercado internacional começou a pressionar os valores, sobretudo a China.

A partir do mesmo período de folga na oferta de boi, a vantagem na aquisição de matéria-prima foi limada, inclusive, reforça o relatório, no mercado interno, sem força de consumo.

Os analistas do Itaú BBA não alimentam ilusões quanto ao curto prazo, apesar de otimismo moderado para o ano, como, inclusive, Money Times já apontou aqui desde o final de 2022.

Embora não tenham visto fortes baixas no atacado chinês, os importadores deverão seguir espremendo as ofertas dos exportadores globais, muito embora os sinais de consumo possam ser acalentados porque Pequim não dá mostras ainda de que vá voltar a endurecer o combate à covid.

Também o curto prazo está pressionado pela saída do país das compras, durante o prolongado feriadão de Ano Novo que está para chegar.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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