ITUB4, BBDC4, BBAS3, SANB11: Um pode se dar mal; quais podem se dar bem no 1T25?

Os bancos entrarão em campo com seus resultados no primeiro trimestre prometendo manter aquilo que vêm entregando. Já no dia 30 de abril, o Santander (SANB11) revela as cifras.
Segundo o Bradesco BBI, não haverá surpresas para o mercado de capitais, especialmente porque não houve grandes mudanças no ambiente de negócios.
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Por fim, os analistas esperam que as discussões entre os bancos se concentrem nas novas mudanças contábeis e no novo crédito consignado privado, enquanto os resultados devem ser impactados pelo crescimento sazonalmente mais fraco da carteira de crédito.
Os analistas listaram dois pontos de interesse:
- impactos das Alterações Contábeis da Resolução CMN nº4966/21 (com atenção total às despesas com provisões e alterações em baixas contábeis);
- expectativas relacionadas ao novo crédito consignado privado, que o BBI espera que o Inter (com sua baixa exposição a empréstimos pessoais e significativa disponibilidade de recursos) e o Nubank sejam os principais beneficiários do produto;
“Em relação às expectativas de lucro líquido, o primeiro trimestre, geralmente, mostra um desempenho sazonalmente mais fraco, com expansão mais lenta da carteira de crédito, enquanto a inadimplência tende a se deteriorar”.
Entre os papéis, todos os bancos podem ter alta do lucro, com exceção do Banco do Brasil (BBAS3).
Veja o que esperar de cada banco abaixo:
Banco do Brasil vai se dar mal?
O BB deverá ter um início de ano pressionado, segundo o BBI, com lucro líquido de R$ 8,7 bilhões (queda de 9% no trimestre e 6,2% em relação ao ano anterior).
- Glossário: ROE (Return on Equity), ou Retorno sobre o Patrimônio Líquido, mede a rentabilidade de uma empresa em relação ao capital investido pelos acionistas. É calculado dividindo o lucro líquido pelo patrimônio líquido. Quanto maior o ROE, mais eficiente a instituição.
E mais do que isso. O BBI vê o ROE recuando 3 pontos percentuais, a 18,6%. Dessa forma, o BB ficaria abaixo no ‘número mágico’ olhado pelo mercado, de um ROE de 20%.
De acordo com a casa, a cifra refletiria provisões mais altas, já que a inadimplência rural continua pressionada, enquanto a receita líquida de juros pode ser prejudicada por receitas com floating
menores, devido a depósitos sazonalmente mais fracos
Dia da divulgação: 13 de maio
Santander
Para o Santander, o BBI aguarda provisões mais altas compensadas por despesas menores.
É esperado lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, com ROAE de 16,4%, visto que as maiores despesas com provisões, devido às novas regras contábeis, podem ser compensadas por despesas menores.
Dia da divulgação: 30 de abril
Bradesco
De acordo com a Genial, é esperado que o banco de Osasco tenha um lucro líquido de R$ 5,42 bilhões, praticamente estável em relação ao quarto trimestre (alta de 0,3% t/t), mas com bom avanço de +28,7% no ano.
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Isso, segundo a casa, refletirá uma base de comparação fraca no início de 2024.
“O trimestre tende a ser sazonalmente mais fraco, o que limita avanços sequenciais mais significativos — estimamos um ROE de 13,4%, ainda abaixo do custo de capital da instituição”.
Dia da divulgação: 7 de maio
Itaú
Para o Bradesco BBI, expectativas para 2025 dificilmente mudarão.
A corretora espera que o banco apresente lucro líquido de R$ 11,1 bilhões (crescimento de 1,7% no trimestre e 13,3% em relação ao ano anterior).
Já o ROAE pode ir a 22,4%, prejudicado por uma expansão de margem mais lenta no primeiro trimestre, devido ao menor número de dias corridos, mas sem grandes surpresas nas demais linhas.
“Por sua vez, esperamos que as tarifas e despesas operacionais sigam as tendências sazonais”.
Dia da divulgação: 8 de maio