Colunista Vitreo

Jojo Wachsmann: Apertem os cintos

26 jan 2021, 9:27 - atualizado em 26 jan 2021, 9:27
Coluna Vitreo
Que tipo de ritual precisaremos fazer para não perder dinheiro hoje? (Imagem: Divulgação)

Bom dia, pessoal!

Ainda que haja uma ou outra notícia positiva para o Brasil, a poluição negativa deverá prevalecer no pregão de hoje (26).

O feriado em São Paulo serviu para que tenhamos um dia de catch-up com o movimento de ontem, predominantemente ruim para companhias brasileiras por conta da Eletrobras (ELET3).

Pelo menos hoje os mercados globais amenizam a situação, com uma alta na Europa e nos futuros americanos. A ver…

Brasília, uma grande decepção

Eletrobras
O pessimismo, com a baixa na Eletrobras, se espraia para as demais estatais e gera dúvidas quanto ao rumo que tomaremos agora (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Para variar, como já vínhamos conversando, Brasília voltou a ser o centro das atenções — se tem alguma coisa que fará o Brasil perder o bonde da história, será sua capital federal. De domingo para segunda, foi noticiado que Wilson Ferreira, presidente da Eletrobras e a cabeça por trás da reestruturação recente da empresa, estaria deixando o cargo.

Sua renúncia fez com que as ações da companhia negociadas no exterior caíssem quase 12%. Provavelmente, nem a chegada das vacinas e de insumos para a produção das mesmas servirá para suavizar o dia de hoje. O pessimismo se espraia para as demais estatais e gera dúvidas quanto ao rumo que tomaremos agora.

Sob outro ângulo, ainda, o fiscal não deixou de ser uma preocupação, pois mais autoridades políticas vieram a público defender alguma forma de continuidade do auxílio emergencial por tempo pré-definido. As discussões nesse sentido devem piorar ao longo da semana.

Arregaçar as mangas: os primeiros dias de Biden

Nyse Wall Street Mercados Bolsa de Valores
O mercado estadunidense entrou em uma espécie de rali das eleições até a posse de Joe Biden (Imagem: Reuters/Andrew Kelly)

Enquanto isso, nos EUA, as Bolsas voltaram a bater recordes em seus fechamentos. O mercado estadunidense entrou em uma espécie de rali das eleições até a posse de Joe Biden, quando ajustou um pouco seu patamar.

O presidente é quem mais assinou decretos (ordens executivas) em menos tempo na história — foram quinze em algumas horas e outras mais nos dias que se sucederam. Agora, porém, mais do que antes, investidores começam a discutir a possibilidade real de uma bolha.

No entanto, a maior parte dos financistas está hesitante em soar tal alarme, apontando para o fato de as taxas de juros historicamente baixas e as enormes somas de dinheiro ainda sendo impressas pelos bancos centrais serem condições para que não haja qualquer estouro. Ou seja, enquanto o Fed, o BCE e o BoJ mantiverem sua política expansionista, os ativos de risco parecem estar seguros.

O comércio global e a tensão na Europa

Foi registrado que o comércio global e a produção industrial atingiram níveis pré-pandemia no final de 2020. À medida que a economia tentar se normalizar, a atividade refletirá a disposição dos consumidores de gastar com bens, uma vez que estão em grande parte impossibilitados de gastar com serviços.

Provavelmente, com a imunização da população global, ainda que gradualmente, veremos que os recursos poupados durante a pandemia serão gastos. Claro, o processo de vacinação leva tempo, mas aos poucos vemos conquistas — destaque para o Brasil, que já vacinou mais de meio milhão de pessoas. Enquanto isso, os mercados europeus parecem ignorar a tensão na Itália.

Depois da aparente vitória na semana passada, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, renunciou. A troca de premiê em si não é problema — os mercados só se preocupariam se houvesse o risco de uma eleição geral.
Anote aí!

No Brasil, atenção para a ata do BC, que deverá conter maiores detalhes sobre o Copom da última semana. Além disso, teremos pesquisa de confiança do consumidor e prévia da inflação oficial.

Por falar nisso, nos EUA temos hoje entrega da pesquisa sobre o sentimento do consumidor — o presidente americano está sugerindo uma disposição para fazer concessões sobre estímulos fiscais, dando recursos para um boom de consumo na terra do tio Sam em 2021. Claro, a temporada de resultados já começou e tem trazido volatilidade para o mercado também.

Por fim, mas de noite apenas, vale ficar de olho no lucro industrial chinês, que poderá deixar os mercados emergentes em compasso de espera.

Muda o que na minha vida?

Biden está dando grandes passos para conter a pandemia de Covid-19, que já matou mais de 400 mil americanos. Em meio a preocupações com novas variantes do vírus, a recuperação econômica pode depender das medidas tomadas pelo presidente recém-empossado.

No final da semana passada, Biden expôs sua estratégia para combater o coronavírus, em que comparou os esforços para expandir a distribuição, suprimentos e testes de vacinas a um “empreendimento em tempo de guerra”.

Enquanto isso, os democratas, que agora dão as cartas na capital americana, estão pressionando os demais agentes políticos para aprovar o pacote de estímulo de US$ 1,9 trilhão, que inclui US$ 20 bilhões para um programa nacional de vacinação. Além disso, a Casa Branca também irá investir US$ 50 bilhões para aumentar a quantidade de testes.
Enquanto isso, no Brasil, estamos indo devagar, mas, pelo menos, indo.

Aliás, por conta do SUS, o processo de vacinação brasileiro tem sido um dos mais rápidos do mundo. Se houver vacinas, vacinaremos — só não podem faltar insumos para produzi-las. Por outro lado, não temos tanto dinheiro como os EUA para injetar na economia de modo a dar uma sustentação adicional.

Lá fora, os mercados são movidos pela expectativa de mais estímulos monetários. Já aqui, o mercado quer mesmo que o governo controle seus gastos e acerte a trajetória de sua dívida em relação ao PIB. Contudo, ao que tudo indica, a cada dia que passa, perdemos mais e mais nesse sentido.

Não só a pressão pela volta do auxílio emergencial e por conta da saída do presidente da Eletrobras é um problema, mas também recentes boatos sobre um desmembramento do Ministério da Economia colocam Paulo Guedes em uma situação delicada. Se enveredarmos por esse caminho, 2021 pode ser bem ruim.

Fique de olho!

Lançaremos amanhã o primeiro episódio da nossa série “O Seu Novo Dinheiro”.

Nela, o Jojo entregou as informações iniciais de que você precisa ter conhecimento para poder investir em criptomoedas com tranquilidade, na busca por aumentar o seu patrimônio de maneira exponencial já nos próximos anos — ou, quem sabe, meses. Tudo depende de como a tese irá se comportar, já que se trata de um ativo volátil e de alto risco.

Por enquanto, a gente não pode revelar tudo o que foi dito, mas podemos dar alguns spoilers rápidos. Olha só:

Assistindo ao primeiro episódio da série, você vai conhecer brevemente a história do bitcoin e descobrirá a sua razão de existir, sua evolução no tempo e a toda sua importância hoje.

Além disso, por meio da análise de alguns números bastante expressivos da carteira de quem manteve (sem vender) seus bitcoins no decorrer dos últimos anos, você vai compreender por que quem ainda não possui criptomoedas em seu portfólio está bastante atrasado.

Mas não acabou ainda.

Nesse primeiro episódio, o Jojo também explicou todo o racional das transações com criptomoedas. Sem dúvida alguma um dos pontos mais importantes da série.

Caso você não esteja investindo em ativos digitais ainda por não entender como funciona essa operação, a hora de deixar todas as suas dúvidas para trás e começar uma nova aposta em lucros exponenciais é agora.

Depois que você souber, no detalhe, como funciona tudo, você entenderá a importância do momento que estamos vivendo agora (de escassez do bitcoin). Ele trará oportunidades históricas para quem conseguir se posicionar a tempo e com todo o conhecimento necessário para isso — muito embora não haja nenhuma garantia de lucros, é sempre importante lembrar.

Então, fique de olho e acompanhe tudo o que vai rolar no primeiro episódio da série “O Seu Novo Dinheiro”. A gente tem certeza de que vai valer muito a pena acessar todo esse conhecimento, pensado com todo cuidado para você. Você não vai se arrepender.

[EU QUERO ACOMPANHAR A SÉRIE “O SEU NOVO DINHEIRO”]

Um abraço,

Jojo Wachsmann

CIO e sócio fundador da Vitreo
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
Também conhecido como Jojo, George Wachsamnn é CIO e sócio fundador da Vitreo. Economista pela USP, com mestrado pela Stanford University e mais de 25 anos de experiência no mercado, passou pelo Unibanco (onde ajudou a montar a área de fundo de fundos) e anos mais tarde montou a Bawm Investments que foi mais tarde comprada pela GPS - a maior gestora de patrimônio independente do Brasil onde ele também trabalhou por anos, cuidando de fortunas. Jojo lidera a equipe de gestão e ajuda a viabilizar versões mais baratas de produtos antes disponíveis apenas para brasileiros de alto patrimônio. Ele “conversa” com todos nossos clientes semanalmente no Diário de Bordo, o update semanal da Vitreo sobre mercados e produtos.
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