Economia

Juro mais alto, surpresa fiscal e rotação de ativos têm contribuído para apreciação do câmbio, diz Campos Neto

22 fev 2022, 17:02 - atualizado em 22 fev 2022, 17:02
Roberto Campos Neto
Essa dinâmica tem também dado a apreciação de câmbio, gerando uma percepção de como o câmbio tem essa tendência é importante entrar agora, e isso está ligado a um movimento de rotação (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira que a taxa de câmbio brasileira tem sido afetada por uma série de variáveis que estão contribuindo para sua apreciação e gerando entre investidores uma percepção de que é “importante entrar agora”.

“Tem a variável de que a própria taxa de juros mais alta traz fluxo para a diferença de juros, tem uma parte da surpresa fiscal que acho que foi positiva, tem uma parte relevante dessa reprecificação de fluxos.

No câmbio tem várias variáveis sendo colocadas ao mesmo tempo”, disse Campos no evento CEO Conference 2022, do banco BTG Pactual (BPAC11).

Ele lembrou que as compras de dólares feitas no ano passado por investidores para adequação a uma mudança nas regras de tributação do overhedge também deixaram de pesar sobre o real.

“Essa dinâmica tem também dado a apreciação de câmbio, gerando uma percepção de como o câmbio tem essa tendência é importante entrar agora, e isso está ligado a um movimento de rotação”, disse Campos Neto.

Ele ressaltou que as empresas de economias emergentes como o Brasil são particularmente atraentes em um momento em que investidores globais buscam ativos de valor por conviverem bem em ambiente de inflação mais elevada.

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