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Longo ciclo produtivo que nada. Investidores já estão disputando equity de projeto de mogno

25 jun 2021, 11:07 - atualizado em 25 jun 2021, 11:53
Imóveis Setor Imobiliário
Indústria da construção civil e moveleira nos EUA passará a comprar apenas madeira nobre de áreas plantadas (Imagem: Unsplash/@realestateron)

Esqueçam o longo ciclo de produção do mogno africano, até o amadurecimento para corte, a partir de 12 a 14 anos. Já tem dessa cobiçada madeira de lei quase pronta para ser colhida e exportada para os mercados de altas linhas europeus e americano.

E investidores que souberam disso já estão correndo para serem sócios comprando títulos que estão no mercado de capitais a R$ 10 mil a cota.

A Khaya Woods lançou emissão na quarta à noite, como rege a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e até ontem (quinta, 24), mais de R$ 1,6 milhão já estavam captados. 67 participantes já estão no negócio, que vai rentabilizar anualmente, a partir de 2024, uma taxa de interna de retorno (TIR) de 19,44%.

No novo lançamento da Bloxs Investimentos, a expectativa do grupo mineiro é a captação do equity entre R$ 3,340 milhões ao teto de R$ 5 milhões.

O projeto, estruturado pela consultoria mineira Araújo Fontes, é tocado pela unidade da holding, a Meta Agropecuária, em fazenda no Norte de Minas, com mais de 430 hectares, que iniciou a plantação em 2008. E já integralizou R$ 28 milhões no negócio.

A primeira leva entra em comercialização em 2023.

Os recursos captados vão ser direcionados à infraestrutura de beneficiamento, da secagem à serraria, porque os acionistas da Khaya visualizaram que a demanda por chapas de mogno está em ascensão na indústria da construção civil e de móveis do primeiro mundo.

Até porque é um crescimento que vem da contenção crescente, nesses mercados, de madeiras de áreas extrativistas mesmo sob manejo controlado e sustentável.

Os compradores internacionais – a partir das exigências de consumidores finais mais decididos por consumir com garantias ambientais na originação – em pouco tempo vão querer apenas madeira de florestas plantadas.

A garantia é muito maior.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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