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Lucro do IRB será consumindo pelo alto endividamento, destaca Genial

22 jul 2021, 13:15 - atualizado em 22 jul 2021, 13:20
IRB (IRBR3)
Segundo a corretora, os resultados da seguradoras seguem pressionados por um aumento relevante na sinistralidade devido à segunda onda da Covid (Imagem: Divulgação)

O IRB (IRBR3) deu um respiro em maio e terminou o mês com lucro de R$ 7,5 milhões após ter tido prejuízo em abril, resultado ajudado por um menor índice de sinistralidade.

Com isso, os papéis fecharam a sessão na última quarta-feira (21) em forte alta de 8,5%.

Apesar da melhora dos números, a Genial destaca, em relatório obtido pelo Money Times, que o segundo trimestre da companhia não deverá ser muito animador.

Segundo a corretora, as cifras seguem pressionados por um aumento relevante na sinistralidade devido à segunda onda da Covid, principalmente nas linhas de seguro de vida.

“Com a continuidade da vacinação e retomada da atividade econômica, esperamos que a companhia continue apresentando uma recuperação gradual no segundo semestre”, destaca.

Ainda segundo os analistas Eduardo Nishio e Bruno Bandeira, o lucro acumulado dos cincos primeiros meses, que ficou em R$ 9,4 milhões, deve ser freado pelo maior endividamento do IRB, cujos recursos foram destinados a reconstruir o capital regulatório.

“Portanto, pela incerteza do ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de longo prazo e valuation pouco atrativo de 24 vezes o P/L (preço sobre lucro) em 2021 e 1,6 vezes o preço sobre valor patrimonial  (P/VP) em 21, mantemos a nossa recomendação de neutro para a ação”, completam.

Números

Excluindo o efeito dos negócios descontinuados e dos eventos não recorrentes, o lucro em maio de 2021 atingiu R$ 51,4 milhões. No acumulado, o saldo positivo foi de R$ 92,9 milhões.

O resultado antes dos impostos marcou R$ 10,8 milhões em maio, uma melhora em relação ao valor negativo de R$ 327,9 milhões reportado no quinto mês do ano passado. No acumulado, o resultado foi positivo em R$ 21,9 milhões.

Em maio, o IRB teve queda anual de 26,1% nos prêmios emitidos, totalizando R$ 585,9 milhões. Segundo a resseguradora, a retração foi puxada pelo exterior, que apontou queda de 60,6%.

O índice de sinistralidade atingiu 73,2% em maio, uma melhora em comparação ao desempenho registrado um ano antes, quando o indicador marcou 126,7%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.