Market Makers

Luis Stuhlberger: ‘Já estão detonando o arcabouço antes dele começar’

11 abr 2024, 21:47 - atualizado em 13 abr 2024, 19:31

O Congresso, junto com o Governo Federal, já estão ‘detonando o arcabouço fiscal antes dele começar’, afirmou Luis Stuhlberger, gestor da Verde Asset, em live com o Market Makers nesta quinta-feira.

O encontro, que também contou com Daniel Goldberg, da Lumina, encerra o Macro Summit Brasil 2024, evento online gratuito sobre cenário macroeconômico e mercado financeiro realizado pelo Market Makers, um dos principais hubs de conteúdo financeiro do Brasil, em parceria com o Money Times e Seu Dinheiro.

A fala de Stuhlberger se refere à antecipação de gastos extras do governo de R$ 15 bi e ampliação de despesa de forma permanente, aprovadas na Câmara Federal na noite de terça-feira.

A medida, inserida em projeto de lei complementar que permite cobranças do DPVAT (seguro obrigatório para condutores de veículos), autoriza o governo a abrir de imediato crédito para ampliar os gastos.

“Era mais fácil ter o dividendo da Petrobras (PETR4) aprovado. O governo começa a criar gastos permanentes em cima de arrecadações transitórias. A arrecadação que não vai ter sempre”, explica.

Para ele, a cada dia que passa, para sua surpresa, o mercado está ficando com mau humor com o Brasil.

2026 é agora?

Segundo Stuhlberger, os investidores começam a precificar as eleições para presidência da República de 2026 apenas um ano e quatro meses depois da eleição de Lula, em 2022.

“Eu não ficaria com a posição que eu tenho hoje em um ano de eleição. A questão é: quando que as eleições vão entrar nos preços do Brasil? Vão entrar no meio de 2026, no começo de 2025, no fim de 2025? Elas entraram agora. Ou seja, muito antes do que se esperava. Por que eu digo isso? Você observa claramente os preços na curva pré subindo já a partir desse ano”, explica.

Ele diz ainda que isso era um prêmio de risco que o mercado não considerava e que, agora, passou a enxergar devido a uma “leniência à expansão de gastos”.

“E o Congresso está dizendo claramente: ele pode gastar mais desde que ele dê um pedaço disso aqui para mim”, completa.

Stuhlberger vê Fernando Haddad como um ministro que tem, de fato, se preocupado com a situação fiscal do Brasil.

Porém, diz que há um certo equilíbrio instável. “E por que não fizemos hedge? Eu pensei que esse ano a gente atravessaria mais tranquilo”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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