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Lula: Banco do Brasil (BBAS3) “age como banco privado” e precisa “ser enquadrado”; mercado reage

17 ago 2022, 18:57 - atualizado em 18 ago 2022, 9:45
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa durante evento em Porto Alegre
Para Lula, o Banco do Brasil precisa se adaptar à função social do BNDES para priorizar o financiamento de pequenas empresas. (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em evento com empresários, que o Banco do Brasil (BBAS3) “age como banco privado”, precisa reduzir a margem de lucros e ser “enquadrado”.

“Nós vamos ter e levar muito em conta e muito a sério essa questão de negociação dessa dívida de vocês. O Banco do Brasil parece bonzinho se tiver orientação governamental. Porque se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil age como banco privado. Pensa como banco privado. Então é preciso que a gente enquadre o Banco do Brasil”, colocou.

Segundo ele, o objetivo será fazer “os bancos públicos virarem bancos públicos”.

“Nós não queremos que os bancos públicos tenha nenhum prejuízo, mas nós não queremos que eles queiram ter os mesmos lucros do banco privado”, argumentou.

Para Lula, o Banco do Brasil precisa se adaptar à função social do BNDES para priorizar o financiamento de pequenas empresas.

“Eles [os bancos públicos] têm que prestar uma função social a esse país. Da mesma forma, o BNDES. Vai ter que deixar de fazer empréstimo para grandes empresas e vai ter que se dedicar para emprestar para pequenos e médios empresários”, afirmou.

O evento contou com a participação de micro e pequenas empresas. Lula ouviu reclamações sobre o grau de endividamento –cerca de 1 milhão de micro e pequenos empresários fecharam as portas durante a pandemia, de acordo com dados do Sebrae– e prometeu fazer uma “revolução no setor”.

“Vamos ter que levar a sério a negociação da dívida de vocês”, disse.

Veja o vídeo completo:

Reação dos mercados

Leandro Petrokas, diretor de research Quantzed, diz que sendo um candidato que está bem posicionado nas pesquisas eleitorais, os investidores entenderam que há um risco para a empresa Banco do Brasil.

Por volta das 13h, horário do evento, as ações caíram, conforme o gráfico abaixo, e fecharam em queda de 0,90%, contra alta de 0,40% do Itaú Unibanco e 0,15% do Bradesco.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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