Economia

Lula ganha nova aliada? Luiza Trajano defende queda nos juros; ‘se não tiver sinal, vai ser muito triste’

24 maio 2023, 12:56 - atualizado em 24 maio 2023, 12:56
Juros
Trajano destacou que se os juros não abaixarem, nada acontece no curto prazo (Imagem: Twitter/Luiza Trajano)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ter ganho uma nova aliada na luta contra o Banco Central sobre a queda nos juros.

Na terça-feira (23), Luiza Trajano, do Magalu (MGLU3), disse que espera que aconteça uma queda na Taxa Selic já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O evento acontecerá nos dias 20 e 21 de junho.

Em seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Trajano mencionou que espera, ao menos, um sinal de queda nos juros. Caso contrário, a empresária diz que “vai ser muito triste”.

A executiva apontou que tem expectativa de que os juros abaixem. Se não, nada acontece no curto prazo. “Se não fizer o curto prazo, o longo prazo não vai existir”, afirmou.

Trajano destacou que está difícil para o consumidor, e afirmou ainda que, quando não há compra, não há fabricação e, dessa forma, também não há desenvolvimento.

Em relação à aprovação do novo arcabouço fiscal, Trajano diz que isso poderia ajudar na queda da taxa. No início do mês, o Copom bateu o pé e decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Este é o maior patamar da taxa básica de juros desde janeiro de 2017, onde a taxa está estacionada desde agosto.

Lula vs Banco Central

Desde que tomou posse, Lula vem criticando os juros altos, além de questionar também a autonomia do Banco Central.

Em uma de suas críticas ao BC, o presidente disse que Roberto Campos Neto tem “compromisso com aqueles que gostam de taxa de juros alta” e com o ex-governo, que o indicou.

Na época, Lula disse ainda que o presidente da autoridade monetária estava “louco” ao falar que, para cumprir a meta de inflação de 2023, de 3,25%, seria necessário aumentar a Selic para 26,5% ao ano.

“Em uma entrevista outro dia, ele disse: ‘para atingir a meta de 3%, a taxa de juros tem que chegar acima de 20%. Tá louco? Esse cidadão não pode estar falando a verdade”.

*Com Estadão

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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