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Magalu (MGLU3) salta 25% em 10 dias com crise da Americanas (AMER3); hora de comprar?

16 jan 2023, 16:38 - atualizado em 16 jan 2023, 16:38
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Só curtindo: Magazine Luiza (MGLU3) soube se descolar da crise da Americanas (AMER3) (Imagem: Divulgação/Magalu)

A crise da Lojas Americanas (AMER3) ajudou as ações do Magazine Luiza (MGLU3) a dispararem 25,2% entre o último pregão de 2022, quando valiam R$ 2,74, e o fechamento da última sexta-feira (13), em que chegaram a R$ 3,43. O desempenho de encher os olhos leva os investidores a se perguntar se é hora de comprar as ações da Magalu.

Parte da resposta é entender por que, afinal, o rombo de R$ 20 bilhões descoberto nas contas da Americanas ajuda a concorrente. Afinal, num primeiro momento, a reação do mercado à notícia foi de manada, atropelando todos os papéis de varejistas na Bolsa.

A chave, para Filipe Fradinho, analista técnico da Empiricus Investimentos, é que o Magazine Luiza soube se comunicar com o mercado para se descolar do problema da Americanas. “Quando surgiram esses boatos [de fraude], o mercado logo pensou que, se a Americanas faz, é bem capaz de outras empresas do segmento fazerem”, afirmou na live Perspectivas do Mercado de Money Times, realizada nesta segunda-feira (16).

Como o Magazine Luiza (MGLU3) se descolou da Americanas (AMER3)

“Mas a Magalu soltou logo um comunicado dizendo que seu balanço não utiliza esses subterfúgios, e o mercado começou a ficar tranquilo”, explica o analista. Fradinho acrescenta que, num segundo momento, os investidores começaram a perceber que o Magazine Luiza pode até se beneficiar com os problemas da rival, recuperando fatias de mercado e aumentando as vendas.

“Acabou que a interpretação para o ativo [MGLU3] foi ótima”, resume. A corrida para o papel o levou a altas expressivas na quinta e sexta-feira, tocando na média móvel dos último 200 pregões, algo que não ocorria desde meados de novembro.

O viés de alta continua hoje. Por volta das 16h10, o papel subia quase 10% e era negociado ao redor de R$ 3,76. Isto leva à segunda parte da resposta de Fradinho: o papel está muito “esticado”, segundo o analista. No jargão do mercado, isso significa que subiu muito e muito rapidamente.

“Com esse papel tão esticado, neste momento, eu não entro em Magazine Luiza”, alerta. O motivo é que, pela sua experiência, após valorizações tão rápidas e intensas, é possível esperar uma queda para realização de lucros de quem entrou no começo da alta. “Pode ser que a ação faça uma realização para perto da casa dos R$ 3”, avalia.

Assista à live Perspectivas do Mercado do Money Times, em que Filipe Fradinho fala do Magazine Luiza.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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