BusinessTimes

Americanas (AMER3): 9 bancos comprometidos com a dívida de R$ 20 bi

15 jan 2023, 15:27 - atualizado em 16 jan 2023, 17:45
Lojas Americanas
Os bancos credores da Americanas podem ser os responsáveis por pagar rombo contábil de R$ 20 bilhões da varejista (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

Logo que a Americanas (AMER3) divulgou inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões, os bancos foram para o centro das discussões. Isso porque a dívida, em sua maioria, foi financiada pelas instituições financeiras.

Tanto que, neste momento, a relação entre os acionistas e os credores já começa a se estremecer, o que pode elevar ainda mais as incertezas em relação ao futuro da varejista.

Veja a seguir a lista com os bancos com maiores dívidas com a Americanas, segundo projeções dos mercados.

Banco Risco Sacado (em R$ bilhões) Total (em R$ bilhões)
Bradesco 4 4,8
Santander 1,8 3,7
Itaú 2,7 3,4
Safra 2,1 2
BTG 2 2
Banco do Brasil 0,3 1,3
Daycoval 0,6 0,6
BV 0 0,4
ABC 0,3 0

Bancos podem pagar a conta da Americanas

Os bancos credores da Americanas podem ser os responsáveis por pagar o rombo contábil de R$ 20 bilhões da varejista, conforme calculou o Bradesco BBI no pior cenário para o caso.

Segundo Gustavo Schroden e equipe de analistas do BBI que assinam o relatório, o risco para os bancos estaria relacionado ao forfait, ou risco sacado, que envolve as negociações de crédito com os bancos para pagar os fornecedores da varejista.

O BBI ressaltou que ainda há pouca visibilidade sobre como os credores seriam impactados em termos práticos pelo rombo da Americanas, mas o pior cenário seria os bancos tendo que dar baixa em R$ 20 bilhões.

Inter Research fez o mesmo cálculo do pior cenário.Matheus Amaral, analista da corretora, realizou um teste de stress em que considerou uma baixa de toda a carteira dos bancos [que o Inter cobre] exposta ao setor de varejo e uma baixa total limitada de R$ 20 bilhões para cada um, a fim de resultar hipoteticamente o limite de uma redução de equity em cada um.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.