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Magazine Luiza: esqueça o prejuízo; pintou uma campeã no e-commerce

26 maio 2020, 13:05 - atualizado em 26 maio 2020, 13:12
Luiza, garota-propaganda virtual do Magazine Luiza
Fusão: real e virtual andarão cada vez mais juntos no Magazine Luiza (Imagem: Facebook/ Divulgação/ Magazine Luiza)

Desde a divulgação de seu balanço do primeiro trimestre, o Magazine Luiza (MGLU3) vem recebendo elogios entusiasmados de analistas. Os relatórios publicados até agora são unânimes em pedir que os investidores ignorem o prejuízo apresentado e foquem no que interessa: o desempenho no varejo digital, em meio ao coronavírus, é digno dos campeões.

Richard Cathcart e Flávia Meireles, que assinam o breve comentário da Ágora Investimentos, afirmam que a empresa não apenas está vencendo o jogo contra a Covid-19, mas deve conquistar também o campeonato brasileiro do varejo online, pela solidez de suas operações e resultados exibidos no primeiro trimestre.

“O Magazine Luiza será o principal vencedor em participação de mercado nos próximos anos”, prevê a dupla.

O termo se repete no comentário de Ruben Couto, em relatório do Santander. Após destacar o forte desempenho das vendas online, o analista lembra que a direção da empresa pondera que isso não compensará a perda de receitas com as lojas físicas fechadas, bem como o aumento da inadimplência na Luizacred.

Mas, nada disso abala o otimismo do Santander. “Ainda assim, acreditamos que essa deve ser uma mensagem forte de que a empresa será uma das vencedoras durante a atual pandemia”, afirma Couto, que reiterou a recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 56.

“Excepcional”

Para o BB Investimentos, os resultados do primeiro trimestre foram “excepcionais”. Georgia Jorge, que assina o relatório, afirma que “apesar das margens da companhia terem vindo inferiores na comparação anual, esperávamos que essa queda fosse ainda mais acentuada, o que nos surpreendeu positivamente.”

A analista reforçou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para os papéis, com preço-alvo de R$ 51,60. Georgia admite que o valor é menor do que a atual cotação do Magazine Luiza, e sinalizou com a possibilidade de revê-lo, assim que incorporar os números do primeiro trimestre em seu modelo.

O relatório do BTG Pactual acompanha os demais. Luiz Guanais e Gabriel Savi observam as dificuldades da companhia, decorrentes do fechamento das lojas físicas, e lembram que a recuperação da economia deve ser lenta e diluída ao longo do ano. Mas, esse cenário adverso realçou o Magazine Luiza como “um verdadeiro player multicanal, reforçada pelo forte desempenho em abril e maio”.

Os analistas do BTG Pactual mantêm sua recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 52, com base em dois pilares: o rápido crescimento do online, que deve triplicar até 2025; e a futura consolidação desse mercado, quando atingir sua maturidade, deixando poucos vencedores de pé. E, para o banco, o Magazine Luiza será um deles.

Se o comportamento das ações da empresa, nesta terça-feira (26), for considerado, então os investidores assinam embaixo. Por volta das 12h47, os papéis disparavam 11,75% e eram cotados a R$ 67,50. No mesmo instante, o Ibovespa, principal índice da B3, subia 0,49% e marcava 86.087 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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