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Magazine Luiza (MGLU3) desaba 8,6% e tem maior queda do Ibovespa após resultado

15 mar 2022, 18:20 - atualizado em 15 mar 2022, 18:20
Magazine Luiza
O resultado divulgado pelo Magazine Luiza foi pior do que as estimativas de prejuízo de diversas casas de análise (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) desabaram 8,63% nesta terça-feira (15), cotadas a R$ 4,87. Com o recuo, o papel registrou o pior desempenho diário do Ibovespa (IBOV) hoje.

O tombo acontece um dia após a companhia divulgar que teve prejuízo líquido ajustado de R$ 79 milhões no quarto trimestre de 2021, uma reversão ao lucro de R$ 232,1 milhões no mesmo período de 2020.

O número divulgado pela companhia foi pior do que as estimativas de prejuízo de diversas casas de análise.

O Itaú BBA projetou baixa de R$ 54 milhões, enquanto a XP Investimentos calculava montante negativo de R$ 58 milhões. O Bradesco BBI estava mais otimista, ao estimar um prejuízo de R$ 21 milhões.

Vale a pena investir no Magazine Luiza?

Outras corretoras também comentaram o resultado e estimaram que a ação tende a ser pressionada. Para a Ágora Investimentos, essa pressão seria puxada pelas margens.

Os analistas questionam, principalmente, até que ponto as margens do Magazine Luiza se recuperarão nos próximos dois anos e onde devem se estabelecer no longo prazo.

“Esse debate vem ocorrendo há algum tempo, mas a incerteza aumenta quando os resultados mostram mais pressão de margem do que o esperado e achamos que isso deve pesar negativamente nas ações”, afirmam os analistas Richard Cathcart e Ricardo Faria França, que assinam o relatório da Ágora.

De acordo com o Bank of America, apesar do prejuízo, a recomendação é de comprar as ações do varejista. Mesmo assim, a instituição não descarta um caminho obscuro para a empresa.

“A erosão dos salários reais e o aumento das taxas de juros devem estender um ambiente de demanda desafiador para as categorias discricionárias da MGLU3”, diz.

BTG lista três fatores que vão pressionar as ações

Segundo o BTG, as ações devem continuar sob pressão nos próximos meses. Para Luiz Guanais, Gabriel Disselli, Victor Rogatis e Luiz Temporini, que assinam o relatório do BTG, existem três principais preocupações (além da inflação e dos juros) sobre o Magazine Luiza no curto prazo.

São eles:

  • a desaceleração do e-commerce local, principalmente para eletrônicos e players 1P;
  • a concorrência de players nacionais e internacionais (mais descontos, subsídios e CAC crescente); e
  • as preocupações com a sustentabilidade das margens para players de e-commerce, dada a perspectiva competitiva à frente.

Mais cedo, o presidente do Magalu, Frederico Trajano, afirmou que a companhia deve apresentar uma melhora gradual de seus resultados nos próximos trimestres.

Azul decola e deixa Magazine Luiza com inveja

Do outro lado, as ações da Azul (AZUL4) decolaram 6,91%, a R$ 20,10, marcando a maior alta do Ibovespa.

O principal índice da Bolsa brasileira fechou em queda de 0,88%, a 108,9 mil pontos. O recuo acontece um dia antes do Copom divulgar a revisão da taxa básica de juros da economia, a Selic. Analistas esperam que o Banco Central eleve os juros em um ponto percentual, de 10,75% para 11,75% ao ano.

Veja as maiores altas do dia:

Empresa Ticker Variação
Azul AZUL4 +6.91%
Petz PETZ3 +5.87%
Cielo CIEL3 +5.33%
Natura NTCO3 +5.16%
Minerva BEEF3 +3.76%

Veja as maiores baixas do dia:

Empresa Ticker Variação
Magazine Luiza MGLU3 −8.63%
CSN Mineração CMIN3 −5.30%
Gerdau GGBR4 −4.54%
Usiminas USIM5 −4.29%
CSN CSNA3 −4.19%

Veja as ações mais negociadas do dia:

Empresa Ticker Variação
Vale VALE3 −2.87%
Petrobras PETR4 −2.42%
Magazine Luiza MGLU3 −8.63%
Bradesco BBDC4 −0.24%
Itaú ITUB4 −0.36%

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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