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Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) ou Americanas (AMER3): Quem se saiu melhor no 3T22?

11 nov 2022, 16:41 - atualizado em 11 nov 2022, 16:41
Magazine Luiza varejistas
Apesar dos prejuízos, Magazine Luiza se sai melhor no 3T22 entre os varejistas (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

Os varejistas Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas S.A. (AMER3) reportaram, na noite de quinta-feira (11), prejuízos em seus balanços referentes ao terceiro trimestre de 2022 (3T22). Apesar dos números negativos, Eleven, Genial e TradeMap pontuam que a companhia de Luiza Trajano foi quem se saiu melhor — ou “menos pior” — no período.

O Magalu teve uma importante recomposição de margens devido ao ganho de escala do digital e melhor performance de lojas físicas. Mesmo diante de um cenário desafiador para o e-commerce no Brasil — que caiu 10,5% no trimestre —, a empresa apresentou melhores perspectivas quando comparada a outros players do setor.

Além disso, em meio a um cenário altamente competitivo, o varejista também conseguiu ampliar sua rentabilidade.

O Magazine Luiza entregou um melhor desempenho operacional entre julho e setembro, mas foi ofuscado pelo resultado financeiro — que sofreu com o alto endividamento e com a Selic em 13,75% ao ano, elevando as despesas com pagamentos de juros.

A Eleven indica compra de MGLU3, com preço-alvo em R$ 6. Já VIIA3 e AMER3 têm recomendação neutra para a corretora, com alvos em R$ 4 e R$ 23, respectivamente.

Magazine Luíza

O Magazine Luiza reportou prejuízo de R$ 166 milhões entre julho e setembro deste ano, revertendo o lucro de R$ 143 milhões registrado no mesmo trimestre de 2021.

A receita líquida da companha subiu 2,3% na comparação anual, atingindo R$ 8,8 bilhões, impactada pelo crescimento nas vendas em todos os canais.

Com isso o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) seguiu o mesmo caminho e expandiu 50,3%, para R$ 527,5 milhões.

As vendas totais do varejista cresceram 2,2% no terceiro trimestre e atingiram R$ 14,2 bilhões, reflexo do aumento de 2,6% no e-commerce, que atingiu R$ 10,2 bilhões, e alta de 1,4% nas lojas físicas, atingindo R$ 3,9 bilhões.

No entanto, o Magalu sofreu com as despesas financeiras, que cresceram 228,4% na comparação anual, para R$ 668,6 milhões.

No pregão após a divulgação do balanço, MGLU3 recuava 12,31%, valendo R$ 3,49.

Via

A Via teve prejuízo líquido contábil de R$ 203 milhões no terceiro trimestre do ano, melhorando o resultado em relação ao mesmo período de 2021.

A receita da companhia foi de R$ 7 bilhões — queda anual de 4,6% —, resultado de uma retração de 7,6% no GMV (volume de mercadorias).

O Ebitda ajustado encolheu 29%, a R$ 475 milhões, em razão da desalavancagem operacional.

Em relação às vendas, a Via não conseguiu manter o efeito de diluição de despesas com vendas visto no primeiro e segundo trimestres do ano. No terceiro trimestre, as despesas com vendas atingiram 22,5% da receita liquida.

As despesas financeiras da varejista mais que dobraram, dada a Selic “estruturalmente maior”.

No pregão após a divulgação do balanço, VIIA3 recuava 3,49%, valendo R$ 2,49.

Americanas

A Americanas S.A. teve prejuízo líquido consolidado de R$ 211,5 milhões no terceiro trimestre de 2022. O montante representa uma reversão em relação ao resultado do mesmo período de 2021, de lucro de R$ 240,5 milhões.

A companhia totalizou receita líquida de R$ 5,43 bilhões no trimestre.

O Ebitda ajustado mostrou recuo de 21,6% ano a ano, a R$ 582 milhões, com margem de 10,7% — queda de 1,1 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2021.

Quanto às vendas, houve uma desalavancagem. A desaceleração da demanda por eletrônicos impactou a performance do 1P em -31,8%. O 3P permaneceu estável (+0,3%), enquanto o varejo físico apresentou crescimento de 12,4%, influenciado principalmente pelo crescimento inorgânico, já que as vendas nas mesmas lojas recuaram 2,7%.

Diante de uma despesa financeira maior, o varejista teve uma queima de caixa de R$ 2,1 bilhões.

No pregão após a divulgação do balanço, AMER3 recuava 2,14%, valendo R$ 12,37.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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