Juros

Maior juro real do mundo não é mais o do Brasil (por enquanto); veja lista dos países

14 dez 2023, 12:19 - atualizado em 14 dez 2023, 12:19
maior juro real o mundo
(Imagem: Canva Pro)

Em um ranking mundial elaborado pelo Portal MoneYou, o Brasil aparece em segundo lugar quando o assunto é juro real. Esta descida na posição foi impulsionada pela redução da taxa básica que caiu para 11,75% ao ano após reunião do Copom , ontem (13).

Agora, o juro real brasileiro está em 6,11% ao ano, ligeiramente abaixo do juro do México que está em 6,58% e ocupa a primeira posição da lista.

Os países durante o ano revezaram a liderança, com o Brasil ficando com o título de maior juro real do mundo em novembro, com uma taxa de 6,9%.

Ainda de acordo com o levantamento do portal, essa mudança de posições reflete um cenário externo positivo combinado a uma inflação mais baixa, mesmo que as recentes declarações do governo sobre a meta fiscal afetem a curva de juros.

Veja o ranking

Posição País Juro real
1 México 6,58%
2 Brasil 6,11%
3 Colômbia 5,07%
4 Chile 3,81%
5 Indonésia 3,73%
6 Hungria 3,5%
7 República Tcheca 3,08%
8 Rússia 2,94%
9 Hong Kong 2,58%
10 África do Sul 2,5%
11 Nova Zelândia 1,84%
12 Estados Unidos 1,63%
13 Israel 1,59%
14 Filipinas 1,56%
15 Dinamarca 1,54%
16 Itália 1,44%
17 Índia 1,37%
18 Coreia do Sul 1,33%
19 Grécia 1,15%
20 Holanda 1,15%
21 Malásia 1,08%
22 Portugal 1,05%
23 Bélgica 1,05%
24 França 0,95%
25 Alemanha 0,95%
26 Austrália 0,89%
27 Espanha 0,80%
28 Suécia 0,76%
29 China 0,61%
30 Reino Unido 0,61%
31 Tailândia 0,50%
32 Áustria 0,46%
33 Cingapura 0,24%
34 Canadá 0,04%
35 Taiwan -0,12%
36 Polônia -0,26%
37 Suíça -0,56%
38 Turquia -1,56%
39 Japão -2,63%
40 Argentina -23,49%

O que é juro real?

Para chegar ao número do juro real, é preciso descontar do juro nominal (a Selic) o Índice de Preços Ao Consumidor Amplo (IPCA) prevista para os próximos 12 meses. Esse juro é o que representa a rentabilidade real de um investimento, uma vez que já considera o que foi perdido para a inflação.

Nem sempre o Brasil esteve no topo do ranking de juro real. Em meados de 2018, por exemplo, esse valor girava em torno de 2%, já que a inflação estava em 3,75% e a Selic em 6,5%.

A queda na liderança é doce ou amarga?

A queda na posição em si é boa porque quer dizer que não temos o maior juro do mundo, mas ainda ocupamos a segunda posição.

Dependendo do lado que se olha, ter um juro real alto pode ser bom ou ruim. Por um lado, o país pode ter um maior fluxo de dólar porque o sonho dos investidores é rentabilidade alta e tendem a se aventurar em países com um juro real robusto.

Dólar entrando significa câmbio caindo. Essa queda não é boa apenas para que está pensando em viajar. O Brasil é um país que importa produtos manufaturados e algumas matérias-primas, por isso, quando o câmbio está alto, o custo de produção industrial e itens já prontos sobem.

Essa elevação afeta a inflação, que sobe junto. Agora, quando a moeda americana cai, a tendência é que os preços caiam juntos, aliviando o IPCA.

Com Juliana Américo

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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