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Maiores provisões afetam em cheio resultados da Multiplan

29 abr 2021, 15:15 - atualizado em 29 abr 2021, 15:15
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Apesar de reação negativa no curto prazo, as ações da Multiplan não deixam o radar de oportunidades da XP (Imagem: Divulgação/Multiplan)

As quedas nos indicadores da Multiplan (MULT3), dona de 19 shoppings centers espalhados pelo Brasil, durante o primeiro trimestre deste ano tem um razão clara: maiores provisões.

Na avaliação da XP Investimentos, a inadimplência acendeu o sinal amarelo.

“Multiplan reportou resultados abaixo do esperado referente ao 1T21. No lado operacional, a taxa de vacância subiu para 5,4% com as vendas nas mesmas lojas e aluguéis nas mesmas lojas caindo 26,8% e 15,2% no intervalo de um ano, respectivamente”, repercutem os analistas Renan Manda e Lucas Hoon, que assinam o relatório da corretora.

A operadora de shoppings centers teve lucro líquido de R$ 46,3 milhões de janeiro ao fim de março, um recuo de quase 74% sobre o mesmo período do ano passado, impactada por medidas de isolamento social, decorrentes da pandemia de Covid-19, que atingiram a receita.

Segundo a Multiplan, os shoppings operaram 63% do horário regular no primeiro trimestre e as vendas dos lojistas foram 72,3% equivalentes às vendas do primeiro trimestre de 2020, somando R$ 2,3 bilhões.

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XP espera que os resultados melhorem à medida que a capacidade operacional dos shoppings volte ao normal (Imagem: Facebook/Multiplan)

Do lado positivo, as atividades de locações se mantiveram sólidas (turnover ou troca de lojistas de 2,1%), mostrando a demanda resiliente por shoppings de alta qualidade apesar dos desafios macroeconômicos de curto prazo.

“Para os próximos trimestre, esperamos que os resultados melhorem à medida que a capacidade operacional dos shoppings volte ao normal — o portfólio está operando com cerca de 77% de sua capacidade”, enfatizam os analistas da XP.

Mesmo que o mercado prepare uma reação negativa às ações da Multiplan, a XP segue firme em sua visão de longo prazo com o papel, preservando a recomendação de compra e preço-alvo ade R$ 25 por ação.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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