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Mantega CEO da Vale (VALE3)? Governo pode piorar mau momento da companhia, diz analista

26 jun 2023, 13:25 - atualizado em 26 jun 2023, 15:22
Guido Mantega
Guido Mantega foi ex-ministro da presidente Dilma Rousseff (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O governo estuda elevar sua participação na Vale (VALE3) e indicar para presidência da empresa Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda do governo de Dilma Rousseff, informou o colunista Lauro Jardim, do ‘O Globo’.

De acordo com a apuração, o governo poderia utilizar sua influência em alguns acionistas, como Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil (BBAS3), e Bradespar (BRAP3;BRAP4) para indicar Mantega ao conselho de administração.

Mas para a Guide Investimentos, esse movimento seria pouco provável. “Na diretoria, haveria poucas chances da indicação ser aprovada pelos demais acionistas. Pesa ainda contra esta indicação a falta de conhecimento e experiência para ocupar o cargo”, afirma o analista Mateus Haag, que assina o documento.

Segundo o RI da empresa, o maior acionista da Vale é o Capital Group, fundo de ações americano, com 12,89%. A Previ vem em seguida, mas possui apenas 8,7% das ações da Vale.

Mesmo assim, a Guide nota que a notícia do interesse do governo em influenciar nas decisões da Vale deve ser mal recebida. Pesa ainda sobre a ação o mau momento do setor de mineração no mundo.

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Mau momento da Vale

A China, que possui grande peso para a economia brasileira, vem mostrando sinais de fraqueza. A Vale derrapa 20% neste ano diante da recuperação lenta do país. Nesta semana, o Goldman Sachs cortou a projeção do crescimento chinês de 6% para 5,4% em 2023.

“É culpa da Vale? Não é culpa da Vale. O mercado está de mau humor com esse clima. No fundo, investidores estão olhando para a China e esperando uma reação mais intensa depois do fechamento da economia “, diz João Piccioni, analista da Empiricus.

Na avaliação dele, se não houver problemas com os Estados Unidos (ciclo de aperto monetário, desaceleração da economia) que criem uma ruptura nas cadeias globais, o cenário doméstico chinês pode começar a ganhar força no fim do ano. Nesse caso, as commodities seguiriam a esteira.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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