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Marcha da insensatez de Lula: Fundo Verde diz que PT não aprendeu nada com desastre de Dilma

08 dez 2022, 19:51 - atualizado em 08 dez 2022, 19:51
Fundo Verde/Luis Stuhlberger
Luis Stuhlberger, CEO do Fundo Verde, vê com preocupações a PEC da Transição do governo Lula (Imagem: Monteiro/Bloomberg)

O Fundo Verde criticou a atuação do novo governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva em sua carta mensal de novembro. Segundo o fundo, um dos maiores da indústria, “a marcha da insensatez fiscal segue inabalada em Brasília”.

Na carta, o Verde diz que o governo eleito aceitou uma redução de trinta bilhões nos gastos fora do teto na “PEC da Gastança”, para em seguida ter aprovado no Senado um complemento de vinte e cinco bilhões fora do teto vindo de contas inativas de PIS/Pasep.

“A PEC, depois de muito teatro, está saindo do Senado com gastos de duzentos bilhões de reais fora do teto. Não há absolutamente nenhum compromisso com qualquer responsabilidade fiscal, e a leitura do preambulo da PEC ainda traz uma pérola citando MMT (Modern Monetary Theory) como justificativa para essa festa”, coloca.

Na noite de ontem, a proposta de ampliar pelo período de dois anos o teto de gastos em R$ 145 bilhões, além de retirar da âncora fiscal até R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias, foi aprovada ontem à noite no Senado. O próximo passo é a análise na Câmara dos Deputados.

Somando tudo, o valor pode chegar a até R$ 168 bilhões, menor do que os R$ 200 bilhões que o mercado chegou a precificar. Ainda assim, a cautela prevalece.

“Um país com a história inflacionária do Brasil e taxas de juros de 13,75% brincar com esse tipo de argumento mostra que, definitivamente, o PT não aprendeu nada com o desastre do governo Dilma“, coloca.

No mês passado, o fundo reduziu exposição na bolsa brasileira, e manteve a posição vendida na bolsa americana.

“Mantivemos posição comprada em inflação implícita no Brasil, adicionamos uma pequena posição aplicada em juro real, e continuamos tomados em juros na Europa, comprados em ouro e petróleo“, finaliza.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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