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Marcopolo (POMO4): O que fez o BTG pisar no freio? Ações caem

03 nov 2025, 11:32 - atualizado em 03 nov 2025, 15:26
Marcopolo
O BTG Pactual rebaixou a recomendação da Marcopolo (POMO4) de compra para neutra e cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 10.  (Imagem: Reprodução/ Site da Marcopolo)

O BTG Pactual rebaixou a recomendação da Marcopolo (POMO4) de compra para neutra e cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 10.

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Mesmo com a visão de que as ações tem tido um ótimo desempenho — com alta de mais de 100% desde 2023, impulsionada pela combinação de mudanças estruturais e recuperação em todas as frentes de atuação —, a leitura do banco é de que as ações podem ter atingido um platô de crescimento entre 2025 e 2026.

“Não há motivo para pânico, pois acreditamos que os números do próximo ano devem ser ótimos. Estamos apenas pensando em preços, volume e margem. As oportunidades estão um pouco mais escassas agora que detalhamos o equilíbrio de riscos (tanto positivos quanto negativos)”, dizem os analistas.

De acordo com o BTG, o rebaixamento da ação irá vigorar até que se torne possível revisar os significativamente os lucros para cima.

No pregão desta segunda-feira (3), as ações da Marcopolo são destaque negativo. Por volta de 11h10 (horário de Brasília), POMO4 caía 6,84%, a R$ 7,35, liderando as maiores quedas do Ibovespa (IBOV). Acompanhe o tempo real.

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3T25 da Marcopolo

Na última semana, a Marcopolo registrou lucro líquido de R$ 329,6 milhões no terceiro trimestre (3T25), valor 1,8% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado.

A fabricante de carrocerias de ônibus afirmou que espera entregas um “ritmo aquecido” em outubro e novembro, em meio à sazonalidade dos negócios do grupo, enquanto para dezembro deve haver um arrefecimento por causa de prováveis férias coletivas nas montadoras de chassis.

Essas paradas devem se estender para o início de janeiro, afirmou a empresa.

A empresa teve um resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 419,8 milhões entre julho e setembro, representando uma queda de 9,9% sobre o desempenho de um ano antes.

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O BTG Pactual pontua que o crescimento lento da margem da Marcopolo este ano desapontou.

“Esperávamos que os investidores gostassem da história de margem neste trimestre, especialmente dados os resultados eleitorais positivos na Argentina e o crescente interesse em dividendos extraordinários. No entanto, a queda das ações na sexta-feira mostrou que as tendências de crescimento marginal falaram mais alto”, pondera o banco.

Ainda, os comentários da administração sobre a desaceleração esperada na produção em dezembro levantaram questionamentos pelo BTG sobre se o terceiro trimestre será o mais forte do ano.

“E parece que sim. De qualquer forma, acreditamos que a margem deste trimestre é o melhor que a Marcopolo pode conseguir”, dizem os analistas.

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Prós e contras

O BTG chama atenção para os potenciais catalisadores de alta e principais riscos de baixa para a Marcopolo.

Do lado positivo, as ações podem se beneficiar da continuidade das fortes tendências de mercado na Argentina, que sustentam as vendas de exportação da empresa. Somado a isso, há a possibilidade de um dividendo extraordinário em decorrência de uma proposta de alteração estatuária.

Por fim, os analistas pontuam que novos processos de licenciamento para micro-ônibus devem compensar, em parte, a provável redução nos volumes do “Caminho da Escola”.

Já do lado dos riscos de baixa, está uma eventual piora na composição da produção prevista para o final do ano fiscal de 2026, causada pelo aumento da participação do segmento urbano. Ainda, há o risco de uma precificação mais restrita no segmento intermunicipal em função da queda nos preços dos combustíveis.

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Somado a isso, um real mais forte poderia reduzir a rentabilidade marginal do segmento de exportação.

“A lenta implementação de ônibus elétricos e o risco de retomar investimentos de capital no exterior também são pontos a serem observados, em nossa opinião”, diz o BTG.

*Com Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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