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Marisa (AMAR3) ganha tempo em impasse sobre balanços

29 out 2025, 8:07 - atualizado em 29 out 2025, 8:07
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Marisa obtém efeito suspensivo da CVM e não precisará refazer imediatamente seus balanços financeiros, enquanto recurso é analisado. (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

Marisa (AMAR3) informou na terça-feira (28) que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou o pedido da companhia para suspender temporariamente a determinação de refazer suas demonstrações financeiras.

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Segundo fato relevante, a decisão provisória, conhecida como “efeito suspensivo”, garante que a empresa não precisará alterar seus números até que o recurso apresentado seja analisado pela CVM.

A obrigatoriedade de refazer as demonstrações financeiras anuais de 2022 a 2024 e os formulários de informações trimestrais de 2023 a 2025 havia sido anunciada pela própria empresa em um fato relevante de 3 de outubro. Com a suspensão, a Marisa ganha tempo enquanto o órgão regulador avalia o mérito do recurso.

No início do mês, a CVM havia determinado que a Marisa constituísse provisões sobre processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da companhia que atua como prestadora de serviços das lojas.

Provisões são valores separados nas demonstrações financeiras para cobrir obrigações futuras prováveis, mas ainda não completamente definidas. Com a determinação original da CVM, a Marisa precisaria refazer os balanços dos últimos três anos para incluí-las, o que poderia impactar indicadores financeiros.

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A empresa argumenta que, nas notas explicativas das demonstrações de 31 de dezembro de 2024, seus assessores jurídicos classificaram a probabilidade de perda desses processos como “possível”, termo que, segundo as normas contábeis, não exige a constituição de provisão. Além disso, a Marisa lembra que houve uma decisão administrativa recente favorável à companhia, o que reforçou a decisão de não criar provisões até o momento.

No entanto, a área técnica da CVM entende que o reconhecimento das provisões é necessário.

Vale lembrar que o último balanço anual da Marisa foi divulgado com ressalvas da auditoria BDO. Segundo a empresa de auditoria, o passivo não circulante da varejista está subavaliado e o patrimônio líquido está superavaliado em R$ 195,6 milhões. Além disso, o prejuízo do exercício de 2024 está subavaliado em R$ 40,9 milhões.

Sem as provisões, a Marisa registrou um prejuízo líquido de R$ 315,8 milhões em 2024. Atualmente, a varejista tem valor de mercado de pouco mais de R$ 600 milhões na B3.

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O balanço do terceiro trimestre da empresa está previsto para ser divulgado no dia 14 de novembro.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
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