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Mercado climático, em todos os lados, varre todas commodities para cima

06 maio 2021, 16:46 - atualizado em 06 maio 2021, 16:51
Soja e Milho
Soja e milho foram as principais commodities que ganharam firme com as condições climáticas adversas (Imagem: REUTERS/Inae Riveras)

A quinta-feira (6) foi mais um dia de mercado climático dominando as altas nos futuros de commodities nas bolsas de Chicago e Nova York. E generalizadamente e forte.

As duas mais significativas, soja e milho, tiveram impulsos pelo mesmo frio intenso e geadas sobre as lavouras sendo plantadas nos Estados Unidos, mas principalmente porque a germinação já está presente, com potencial de matar as plantas, enquanto a semeadura avança.

Vlamir Brandalizze, analista da Brandalizze Consulting, informa que a soja já está 35% plantada nos EUA. Enquanto o milho está mais avançado, com mais de 70% em estados importantes como Iowa e Illinois, e cerca de 15% com lavouras em potencial de risco. Germinadas.

No Brasil, os vendedores de soja estão segurando o produto e a safrinha de milho também está precificada pelo clima complicado no plantio atual, cuja colheita será no inverno.

Desse modo, para a soja, o maio em Chicago, que está vencendo, voltou aos US$ 16 o bushel, com mais 23 pontos, ao passo que o julho subiu mais 27 pontos, ou 1,78%, a US$ 15,69.

O milho, também na Bolsa de Mercadorias de Chicago, avançou a US$ 7,18, no contrato julho, mais 1,56%.

Café

Com grandes chances de até 30% de quebra na safra brasileira, depois do clima seco do segundo semestre, chuvas irregulares no verão e a estiagem já batendo no Sul de Minas, as operações com o café  reagiram forte em Nova York.

A colheita já está começando.

O driver julho estacionou em 153.50 centavos de dólar por livra-peso, acrescendo 2,46% sobre as cotações da quarta.

Laranja e açúcar

O suco de laranja segue com ganhos por conta da última safra brasileira e da próxima, também em forte baixa prevista, devido às temperaturas altas e ausência de chuva praticamente 2020 todo.

E também a massa de ar fria americana está deixando pegadas nos laranjais da Flórida, Texas e do México.

O maio subiu 3,25% e o julho foi a mais 2,80%, respectivamente 109.90 c/lp e 110.90 c/lp.

O açúcar foi mais comportado nesta quinta em Nova York. Avançou 0,34% também para o vencimento mais líquido, de julho.

Mas assegurou a cotação acima dos 17.50 c/lp.

As condições climáticas foram as mesmas da laranja de 2020 até agora e que garantem quebra importante na cana-de-açúcar.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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