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Mercado está com receio de ações da Braskem, diz Guide

16 set 2020, 14:43 - atualizado em 16 set 2020, 14:50
Petroquímica, Braskem
Em um momento que as práticas ASG (ambientais, sociais e de governança) ganham cada vez mais importância para os investidores, o episódio cria ainda mais receios com relação ao papel (Imagem: LinkedIn/Braskem)

Os investidores estão cada vez mais receosos com o potencial de danos do incidente geológico em Maceió, Alagoas, envolvendo a Braskem (BRKM5), revela relatório da Guide enviado ao mercado nesta quarta-feira (16).

Na última terça-feira (15), a empresa aumentou em R$ 3,3 milhões os gastos com indenizações após estudo técnico constatar que será necessário incluir mais 800 imóveis nas desapropriações.

“A Braskem opera com um negócio de alto risco ambiental e acabou não mitigando os riscos totais de sua atividade no estado do Alagoas, o que promoveu um afundamento do solo em bairros populosos do local. O valor das indenizações devidas às famílias da região continuam tomando novas proporções”, afirma o analista Luis Sales, que assina o relatório.

Além disso, ele lembra que em um momento que as práticas ASG (ambientais, sociais e de governança) ganham cada vez mais importância para os investidores, o episódio cria ainda mais receios com relação ao papel.

Incertezas

Os gastos totais estimados para amenizar os efeitos do incidente superam R$ 8 bilhões, quase metade do valor de mercado atual da Braskem, de R$ 17,5 bilhões.

“Isso deve contribuir para aumentar a percepção de risco em relação ao investimentos na Braskem”, afirmou em relatório a equipe do BTG Pactual.

Além do caso em Alagoas, a gigante petroquímica controlada pela Odebrecht e pela Petrobras (PETR3;PETR4) enfrenta processos movidos por acionistas nos Estados Unidos, que pedem indenização alegando que a empresa omitiu informações sobre os riscos de suas atividades em Maceió

Os analistas do BTG consideram improvável uma recuperação sustentável das ações em breve, considerando também os riscos ligados ao contrato de etano da Pemex no México, cujo governo tem tentado cancelar.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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