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Mercado tradicional vs. cripto: Goldman Sachs não confia no potencial do bitcoin

27 maio 2020, 16:16 - atualizado em 29 maio 2020, 9:39
Goldman Sachs GS
Contra a inovação: Goldman Sachs é contra o uso de bitcoin em portfólio de investimentos. Seria medo ou desconfiança sobre o avanço trazido pelo setor cripto? (Imagem: Reuters/David Gray)

Analistas da Goldman Sachs não compram a ideia de que o bitcoin — ou qualquer outra criptomoeda — deve ser considerada como um investimento viável aos clientes da empresa.

Durante uma conferência on-line nesta quarta-feira (27), o banco de investimentos debateu que a criptomoeda não é um veículo de investimento no atual ambiente econômico.

“Criptomoedas, incluindo o bitcoin, não são adequadas como uma classe de ativos”, afirmaram os analistas do banco em uma apresentação de slides durante a conferência.

A apresentação destacava os movimentos voláteis de preço, suas correlações instáveis com outras classes de ativos e a falta de evidência de que possa servir como uma proteção à inflação como alguns dos principais motivos.

Alguns criptoativos também podem ser valores mobiliários. “Acreditamos que um valor mobiliário cuja valorização depende de se alguém está disposto a pagar um preço maior por ele não é um investimento adequado para nossos clientes”, segundo a apresentação.

A conferência também destacou que, embora alguns fundos de hedge estejam negociando bitcoin para aproveitar sua alta volatilidade, o grupo de investimentos não recomenda bitcoin para os portfólios de investimento de seus clientes.

Ao que tudo indica, Goldman Sachs vai perder a onda de inovação trazida pelo bitcoin e os demais ativos por conta de sua abordagem conservadora (Imagem: Pexels/Crypto Crow)

“Nós também acreditamos que, embora fundos de hedge possam achar um atrativo na negociação de criptomoedas por conta de sua alta volatilidade, esse atrativo não é uma lógica viável de investimento”, disse Sharmin Mossavar-Rahmani, diretor de investimentos do gerenciamento de riquezas da Goldman Sachs, na conferência.

A reunião foi realizada pelo Grupo de Estratégia de Investimentos da Goldman Sachs, que é uma parte do departamento de gerenciamento de riquezas do banco, que atende clientes de alto poder aquisitivo e os aconselha sobre alocação de ativos.

Paul Tudor Jones, um pioneiro quando o assunto é fundos de hedge, admitiu publicamente que investe em bitcoin, o que fomentou a especulação de que mais investidores bem-conhecidos estão prestes a entrar para o mercado cripto, podendo abrir as portas para outros investidores institucionais.

Porém, a equipe de gerenciamento de riquezas da Goldman Sachs parece estar indo para o lado contrário.

“Não recomendamos bitcoin em uma base estratégica ou tática para o portfólio de investimento de nossos clientes, mesmo se sua volatilidade compensar para negociadores qualificados”, segundo a apresentação.

Confira, abaixo, a apresentação de slides do Goldman Sachs:

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