Comprar ou vender?

Mesmo subindo 140%, Positivo pode entregar muito mais; compre as ações, aponta XP

26 jul 2021, 13:12 - atualizado em 26 jul 2021, 13:18
Positivo
Segundo a XP, a empresa oferece uma avaliação atraente de risco-retorno e tem espaço para uma reavaliação (Imagem: Positivo/Youtube)

A Positivo (POSI3) já disparou 140% neste ano, figurando entre as maiores altas da Bolsa. A empresa surfa um excelente momento, embalada pela pandemia da Covid-19 que aumentou a demanda por notebooks e produtos de tecnologia. E, segundo a XP, a companhia pode entregar muito mais.

A corretora reiniciou a cobertura das ações da Positivo com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 16 até o final de 2021, o que implica potencial de alta de 32% em relação ao último fechamento.

Por conta da recomendação, os papéis da empresa disparavam 8,11%, a R$ 13,06, por volta das 12h26.

Segundo a XP, a empresa oferece uma avaliação atraente de risco-retorno e tem espaço para uma reavaliação.

“POSI3 está sendo negociado atualmente a 9,5 vezes o preço sobre lucro (P/L) em 2021 e 7,6x em 2022, que vemos como subvalorizado. No geral, projetamos um crescimento anual médio para os próximos três anos de 5,3% para a receita, 2,9% para o Ebitda e 5,7% para o lucro líquido”, apontam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Soares, Marco Nardini e Marcella Ungaretti.

Ainda de acordo com a equipe, a Positivo tem inúmeras avenidas de crescimento pela frente, como aluguel de equipamentos (HaaS), casas inteligentes (IoT) e tecnologia educacional.

“Essas iniciativas têm margens mais altas e/ou sinergias com o negócio principal da empresa. Esperamos que essas outras fontes de receita representem 31% das vendas da empresa dentro de 5 anos”, apontam.

Hilab, joia escondida

Na visão dos analistas, a Positivo possui uma “joia escondida”: a Hilab, empresa de tecnologia em saúde que vem conquistando muito espaço no mercado de medicina diagnóstica no Brasil.

Hoje, a companhia está presente em 1.000 cidades do Brasil e tem como clientes grandes redes como Panvel (PNVL3;PNVL4), Pague Menos (PGMN3), Porto Seguro (PSSA3) e algumas prefeituras.

Eles lembram que desde a sua fundação, a Hilab já levantou US$ 16 milhões em três rodadas de investimentos. Na última, em 2019, a empresa arrecadou US$ 10 milhões com a Península Participações e a Endeavor Catalys.

“Embora nem a Positivo nem o Hilab comentem sobre os resultados financeiros, acreditamos que a empresa está em um momento muito especial com grandes oportunidades pela frente”, argumentam.

Riscos

Entre os riscos apontados pelos analistas está uma perspectiva macro mais fraca do que o esperado ou competição mais acirrada.

Além disso, 22% das vendas da Positivo derivam de contratos governamentais e a empresa é fortemente dependente de incentivos fiscais.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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