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“Meta Estágio”: 4 dicas para ir bem em uma entrevista no metaverso

18 fev 2022, 17:01 - atualizado em 18 fev 2022, 17:01
Emprego metaverso
Em sua opinião, a tendência é que esse método de seleção cresça em função da maior quantidade de vagas de estágio em home office (Imagem: Reprodução/Freepik)

As oportunidades de ganhar dinheiro com criptoativos não se limitam apenas a operações financeiras. O assunto é muito novo e está chamando atenção de grandes players do mercado, gerando oportunidades de emprego e estágios no setor.

O processo seletivo também está migrando para essa nova tecnologia. A Companhia de Estágios, principal player do mercado de recrutamento e seleção, foi pioneira em conduzir entrevistas de processos seletivos no metaverso.

O Crypto Times conversou com Thiago Mavichian, CEO e fundador, e listou dicas de como se sobressair em uma entrevista feita nesse ambiente.

Na opinião de Mavichian, a tendência é que esse método de seleção cresça em função da maior quantidade de vagas em home office.

“Você encurta distâncias, consegue dar aquela sensação de proximidade, de estar junto utilizando o metaverso”, afirma.

Ele diz que ainda vai ter muita evolução na questão da tecnologia.

“É o começo. Eu vejo como uma ferramenta que funciona bem para esse momento de pandemia. Certamente, as empresas vão continuar utilizando para as aplicações mais críticas no sentido de precisar de maior interação”, afirma o executivo.

4 dicas para descolar um estágio no metaverso

  • Estudar sobre o metaverso

Parece óbvio, mas não é tão simples assim. Trata-se de um mercado embrionário que muda a cada dia. Estar por dentro das novidades pode te deixar à frente dos demais candidatos em uma entrevista de emprego.

É crucial ficar atento às fontes de notícias, seguir nas redes sociais os principais desenvolvedores de projetos em blockchain, saber o impacto do cenário macroeconômico em novas tendências e ler artigos sobre como funciona essa tecnologia.

Os principais “players” do mercado de criptoativos usam o site Medium para manter a comunicação e anunciar novidades. Redes sociais como Twitter e Discord também são usados frequentemente de forma profissional.

Tratando-se do metaverso em especial, o aconselhável é estudar sobre os conceitos que formam a ideia de um metaverso, como: escassez digital, interação social em plataformas virtuais e demais leituras sobre o assunto.

Mavichian diz que “é preciso se jogar no tema”. Ele confessa que, quando a Companhia de Estágios divulgou sobre a possibilidade de entrevistas no metaverso, no segundo semestre do ano passado, muitos não tinham o conhecimento necessário sobre a tecnologia.

“Víamos muitas pessoas falando sobre o tema e muitas informações superficiais. Foi quando percebemos que tínhamos que realmente nos dedicar, estudar e montar um time para se aprofundar no assunto.”

  •  Familiarizar-se com a tecnologia na prática

O fundador da Companhia de Estágios comenta a importância da adequação do candidato à tecnologia que abre portas para a imersividade que o metaverso pode oferecer.

Ele usa como base, o processo feito internamente para realizar as primeiras entrevistas do gênero.

“Nós contamos [para o candidato] que é um processo piloto, um processo no metaverso, e convida ele para vir pessoalmente na Companhia de Estágios para experimentar os óculos virtuais”, explica. 

Ele ressalta ser importante saber que é possível participar do processo no metaverso entrando direto no link que é enviado pela empresa. Não precisa necessariamente dos óculos.

“Mas, com os óculos, o candidato vai ter uma sensação de imersão e fluidez muito mais completa”, afirma.

De acordo com Mavichian, após esse processo de adequação, a empresa manda um PDF que orienta o candidato como ele deve se preparar para aquele processo de seleção.

Quando o candidato chega à empresa, faz um “laboratório”, que consiste em uma aula prática de como usar os óculos.

“Assim, a ambientação ocorre para [o candidato] entender como personalizar o avatar dele, como fazer os movimentos, quais são as funções básicas, e depois convidamos ele para o processo”, completa o CEO.

  • Trabalhar na apresentação de seu avatar

Uma das propostas do metaverso é espelhar e otimizar questões do mundo físico. É por esse motivo que a apresentação do avatar que representa sua imagem dentro daquele ambiente importa.

Um apontamento interessante feito pelo fundador da empresa é que o avatar viabiliza uma seleção mais democrática. O “boneco” não passa de uma representação em imagem, mas o que realmente pesa são suas habilidades para o cargo.

“É uma brincadeira, então você pode refletir quem você é de verdade. Você pode ser uma pessoa com características ‘físicas’ diferentes das suas. O candidato pode ser uma pessoa negra e, no metaverso, se caracterizar como um japonês”, explica Mavichian.

De todo modo, para montar um avatar e participar da entrevista de emprego, o candidato precisa escolher as características. Também é possível ter cabelo e cor de pele de cores diferentes, como verde, azul ou amarelo.

“Você pode colocar adereços do tipo piercing, bandanas, tatuagem, uma roupa mais despojada ou uma roupa mais formal. Ou seja, você pode refletir um pouco da tua personalidade”.

A dica dada pelo especialista é de tentar projetar quem você é, ou gostaria de ser, no seu avatar. Serve como uma forma do candidato expressar a sua personalidade.

“E vale muito o que acontece no ambiente real. Se o candidato está indo para uma entrevista em um banco ou um escritório de advocacia, o avatar vai estar mais formal, Por outro lado, se for em uma startup ou em uma empresa de tech, vai ser muito estranho aparecer de terno”, completa.

  • Entender como funciona a dinâmica da entrevista

Por fim, é preciso entender como é feito uma entrevista do gênero, e quais são as possibilidades trabalhadas.

“É interessante, porque nós temos um processo de seleção, como qualquer outro presencial. Nós conseguimos passar um vídeo da empresa, explicar sobre a vaga. Nós conseguimos projetar o currículo dele, compartilhar e ver esse currículo com o candidato para fazer perguntas”, diz Mavichian.

O CEO explica que as dinâmicas em grupo são viradas para saber se os candidatos conseguem construir soluções juntos, enquanto o recrutador avalia e observa. “Tudo isso com uma sensação de imersão”, destaca.

Ele conta ser possível compartilhar a tela do seu computador, fazer um draft e ter realmente um trabalho de criação conjunta muito singular.

“O ambiente é super ultra realista e imersivo. Possui áudio 3D. Então, você ouve mais perto quem está do seu lado e um pouco mais distante quem está mais longe”, conclui.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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