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Metaverso: Quais são as maiores apostas para o futuro e qual seu potencial para os investidores

24 nov 2021, 11:17 - atualizado em 25 nov 2021, 18:02
Hoje em dia, a interoperabilidade entre metaverso e blockchains é baixa, mas, em sua opinião, a tendência é que, no futuro, estas redes sejam acopladas e seu conteúdo esteja acessível no mundo virtual do metaverso. (Imagem: Shutterstock/thinkhubstudio)

O metaverso é um conceito que está se expandindo cada vez mais, e muitos se questionam até onde ele pode chegar. Após o anúncio do Mark Zuckerberg, CEO do antigo Facebook, de mudar o nome da empresa para Meta, as pesquisas sobre o assunto aumentaram consideravelmente na internet.

Entenda o que é o metaverso:

O efeito também foi observado nos criptoativos relacionados ao tema, que valorizaram de forma considerável. Entretanto, neste momento de euforia, existem projetos que passaram por forte alta, mas não possuem uma tese sólida o suficiente para se manter no preço.

Segundo Marco Jardim, diretor de tecnologia blockchain da Investtools, o metaverso, por ser essencialmente um mundo virtual que busca simular espaços do mundo físico em que vivemos, permite que as pessoas assumam identidades novas, tenham a aparência que desejarem e realizem atividades potencialmente possíveis apenas dentro do contexto deste universo virtual particular.

“Apesar de não ser novo, este tipo de ‘ocupação virtual’, como, por exemplo, o que ocorre no jogo Flight Simulator, onde existem pessoas que ‘trabalham’ como controladores de vôo para os aeroportos virtuais, com escala e fidelidade aos jargões da profissão, no metaverso, também há espaço para oferta de serviços virtuais, principalmente serviços de custódia segura de ativos, dado que o metaverso já nasce incluindo interoperabilidade com blockchains.”

Ele comenta que, em sua opinião, as pessoas no metaverso irão comprar terrenos virtuais, salas de escritório, artes digitais, espaços publicitários, e também pagar por serviços diversos.

Os intermediários que existem no mundo real também estarão simulados lá: corretores de imóveis, marchands, agentes publicitários, financeiros e bancários.

Mundos virtuais, negócios reais

“As aplicações, na verdade, serão softwares ou smart contracts que viabilizem e chancelem estes negócios. Para negócios que envolvem dinheiro virtual, se usarão tokens, já para negócios em que a posse de uma propriedade privada é representada por uma certidão, serão usados os NFTs”, explica.

“O uso de espaços virtuais para estes fins não é tão novo. Existem diversos jogos de mundos virtuais em que há moeda e economia interna, além de venda de espaço publicitário e até funções remuneradas para os jogadores. O metaverso apenas está expandindo e generalizando este conceito”, diz Jardim.

Hoje em dia, a interoperabilidade entre metaverso e blockchains é baixa, mas, em sua opinião, a tendência é que, no futuro, estas redes sejam acopladas e seu conteúdo esteja acessível no mundo virtual do metaverso.

Ele lembra que o Facebook anunciou recentemente um rebrand para “Meta”, e que deseja se tornar uma empresa com alta presença no metaverso:

“Cabe lembrar que o Facebook lançou há alguns anos seu próprio blockchain e sua própria moeda, a Libra. Um movimento de um gigante como o Facebook não pode ser ignorado. Com certeza, ele quer se tornar a referência em metaverso, e isto inclui seu blockchain.”

O Money Times também conversou com Orlando Telles, analista da Mercurius Crypto, para entender a fundo o que é o Metaverso e quais projetos podem ser os mais promissores. Assista na íntegra:

Já para Alexandre Ludolf, diretor de investimentos da QR Asset, o metaverso antecede o universo de cripto, mas o cripto habilita algo previamente impensável no mundo digital, uma verdadeira forma de ter propriedade privada.

“O metaverso pode evoluir sem cripto, e cripto pode evoluir fora do metaverso, mas faz muito sentido para esses dois mundos andarem de mãos dadas no futuro.”

Setores com maior potencial de alta

Na visão de Ludolf, uma grande valorização nesse setor virá do mesmo modo que aconteceu com o setor de DeFi, por meio de inovações constantes, desenvolvedores talentosos, e o mais importante: excelentes produtos que captam novos usuários ao ecossistema.

“Gostamos de interpretar a valorização dos tokens como um reconhecimento do potencial da tecnologia, e ainda mais importante, como um indicador de adoção. Isto posto, para investir nesse mercado, é preciso estar bem próximo desses protocolos e acompanhar bem de perto o crescimento — ou estagnação — do setor. Sorte nossa que na blockchain, esses dados são públicos para qualquer um analisar e isso faz parte do nosso trabalho.”

Além disso, ele diz que os investidores institucionais já estão de olho no setor. O motivo é que, diferentemente de outros tópicos quentes de cripto, como NFT e DeFi, o metaverso já surge como queridinho de muitas empresas de tecnologia. 

“Diversas grandes empresas de games já têm experiência no setor, e a própria gigante Facebook já demonstrava interesse na área, quando adquiriu, em 2014, a Oculus VR, Inc, a então líder no mercado de realidade virtual”, diz Ludolf.

Por conta desse grande interesse corporativo, ele acredita que a atração para o investimento institucional é muito grande. O metaverso já surge sob os olhos de grandes players em cripto, e devemos esperar grandes investimentos institucionais nos próximos anos.

O time de analistas da Transfero, empresa internacional de soluções financeiras baseadas em tecnologia Blockchain com sede no Crypto Valley, apontou nove criptoativos ligados ao metaverso que podem ser grandes apostas para o futuro.

Entre os destaques estão projetos como Decentraland, Ilivium, Radio Caca, Star Atlas, Realm, Mobox, Bloktopia, Sandbox e Enjin Coin como criptoativos que podem engatar uma trajetória de forte valorização.

A lista inclui desde criptoativos mais maduros no mercado, como a Decentraland (MANA), até projetos que foram lançados recentemente, como a Star Atlas (ATLAS) ou The Sandbox (SAND).

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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