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Mineração de bitcoin (BTC) na China continuou mesmo após proibição, confirmam dados

17 maio 2022, 13:39 - atualizado em 17 maio 2022, 13:39
Mineração de bitcoin
Embora tenha proibido a mineração de bitcoin no passado, a China ainda é a 2ª maior produtora de taxa de hashes do mundo. (Imagem: Pixabay/glaborde7)

Após a proibição da mineração de bitcoin (BTC) pela China no ano passado, um grande número de mineradores voltou às atividades em setembro de 2021, segundo dados mais recentes do Cambridge Centre for Alternative Finance (CCAF).

De fato, a China ainda tem a segunda maior porcentagem em taxa de hashes do mercado — 21,11% —, atrás somente dos Estados Unidos, com 37,69%. Antes de o governo chinês proibir a mineração de bitcoin, o país era responsável por cerca de metade da taxa de hashes mundial.

Segundo o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), a participação da China na taxa de hashes despencou para 0% em julho e agosto de 2021.

Isso aponta duas teorias possíveis: ou houve um retorno abrupto e massivo de mineradores de bitcoin em operação à China apesar da proibição, ou os mineradores que continuaram operando em julho e agosto do ano passado ocultavam suas localizações.

Os autores do estudo escreveram que tamanha mudança repentina após a proibição parece “improvável devido a restrições físicas”.

Ao invés disso, uma explicação mais plausível sobre a descoberta seria a limitação da metodologia usada pelo grupo de pesquisa, que estava baseada em dados geolocacionais agregados, informados pelos pools de mineração BTC.com, Poolin, ViaBTC e Foundry.

“Esta abordagem é teoricamente vulnerável à ocultação deliberada por mineradores individuais, que podem, por diversas razões, escolher esconder sua localização ao usar redes virtuais privadas (VPN)”, disseram os autores.

“Na prática, acreditamos que essa limitação impacta de maneira moderada a validade das análises gerais”.

Não está claro quantos mineradores de bitcoin na China estavam de fato desligados da rede em julho e agosto de 2021, segundo Alexander Neumueller, líder de projetos da equipe de ativos digitais do CBECI.

Em dezembro, a CNBC informou que cerca de 20% dos mineradores de bitcoin do mundo estavam na China, mas não citou fontes.

Mineração de bitcoin fora da China

Os dados mais recentes do CCAF abrangem informações até janeiro de 2022, e confirmam que os Estados Unidos emergiram como líder na taxa de hashes mundial. O país registrou uma participação de 37,84% na categoria, em janeiro deste ano.

Dentre os estados americanos que mais fazem a mineração de bitcoin estão Geórgia (30,76%), Texas (11,22%) e Kentucky (10,93%).

Após a proibição da mineração de bitcoin na China, o Cazaquistão havia se tornado um destino popular para mineradores. No entanto, o país forçou a saída de alguns mineradores recentemente, após enfrentar problemas de insuficiência energética.

Segundo dados do Cambridge Centre for Alternative Finance, a participação do Cazaquistão na produção da taxa de hashes mundial caiu de 18,31%, em outubro de 2021, para 13,22%, em janeiro de 2022.

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